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Ampliada Nacional das CEBs. Mensagem de Acolhida:

 “Voltemos nosso olhar e nosso coração para aquele que é a essência das nossas vidas e da vida das nossas Comunidades: Jesus Cristo de Nazaré.”

Estimados irmãos (as), mais uma vez nos reunimos para ampliada nacional das CEBs. A princípio, nos preparávamos para que este momento fosse de maneira presencial, porém dado o aumento do número de casos de COVID, sobretudo, no Mato Grosso, optamos em realizar este nosso encontro de maneira virtual, dado que a vida é dom e presente, que deve ser cuidada e promovida em todos os momentos: da concepção ao seu término natural.

O objetivo, nesta ocasião, é avaliarmos, partilharmos as atividades que realizamos até aqui, enquanto CEBs no Brasil e continuarmos projetando outras atividades em vista da animação das nossas comunidades e da realização do 15º Intereclesial. Gostaria neste momento, de partilhar com vocês alguns trechos da mensagem que fiz, por ocasião da 8ª Assembleia Diocesana de Pastoral da nossa diocese, realizada em novembro do ano passado, na perspectiva de criarmos um elo de comunhão entre nós, membros da ampliada nacional das CEBs, com os cristãos e cristãs desta Igreja local, chamada Diocese de Rondonópolis-Guiratinga.  

Num primeiro momento, acolho todos os delegados (as) aqui presentes, sejam bem vindos. Vivemos um tempo difícil, dada a pandemia que assolou e continua assolando as nossas famílias. Quero expressar, num momento de oração, a nossa solidariedade com todas as famílias enlutadas pela pandemia, e atingidas por tantos outros males que a cultura da morte produz em nossa sociedade.   

Além da pandemia, temos vivido também um tempo de confrontos no contexto político, social e eclesial, que têm deixado marcas negativas no coração humano, gerando cada vez mais separação e ódio, a falta de harmonia entre as pessoas, nas famílias, na sociedade e no mundo todo. Felizmente, temos vivido, também, gestos e atitudes de grande solidariedade para com as famílias, os necessitados…

Diante deste cenário, proponho que:

Voltemos nosso olhar e nosso coração para aquele que é a essência das nossas vidas e da vida das nossas Comunidades: Jesus Cristo de Nazaré. Deixemo-nos ser alcançados pela sua graça misericordiosa e terna, que vai nos refazendo nos momentos difíceis e nos colocando de pé. Ele que nos promete alivio das nossas cargas, nos reconcilia conosco mesmo, e que nos convida à reconciliação com todos e todas.

Abramos, o nosso coração para escutar a Palavra de Deus e vivamos esta Palavra. Na carta aos Hebreus, aprendemos que a Palavra de Deus é viva e eficaz (cf. Hb…) e, no evangelho de São Mateus, se diz  que a Palavra de Deus, quando colocada em prática, cria raízes profundas que impedem que as intempéries do mundo derrubem a casa construída (cf. Mt…). Deixemos a Palavra de Deus recriar os vínculos entre nós, e entre nós e o mundo, de modo que, no diálogo e no respeito, na justiça e na verdade, construamos um mundo melhor, sem divisões e nem barreiras, mais justo e mais fraterno.

Vivamos, a unidade e o respeito ao Santo Padre o Papa Francisco, que no seu pontificado tem nos ensinado a viver a espiritualidade do Concílio Vaticano II, sendo uma Igreja comunhão-participação para realizar a missão; uma Igreja ministerial, em saída, que vive a alegria do evangelho e que cuida da casa comum.

Faz poucos dias, O Papa Francisco convidou a todo o Povo de Deus a participar do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade. Nesta ocasião, todos os batizados e batizadas somos convidados a participar de um processo longo, que inclui, como primeira etapa, uma Consulta, a ser respondida por todos e todas, individualmente ou, e seria melhor, em pequenos grupos ou em comunidade, e que nos questionará sobre a ação do Espírito Santo entre nós. São duas questões muito profundas sobre nossa vida e missão: 1º) o que o Espírito Santo nos inspirou até agora sobre o “caminhar juntos’ na realização da Missão Evangelizadora; e 2º) o que o Espírito nos inspira para melhorar nossa tarefa missionária. A Igreja é instrumento e sacramento de salvação universal e essa Missão é tarefa onde todos os batizados são sujeitos ativos e participantes e atuam em comunhão de mentes e corações.

Renovemos nosso espirito de unidade, de diálogo e de respeito com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.  Lembremos que a CNBB, nos seus mais de 60 anos de existência, sempre procurou, de maneira profética, anunciar o evangelho da vida, colocando-se do lado dos marginalizados e perseguidos, anunciando que a vida precisa ser promovida da sua concepção ao seu término natural (ou seja, que nenhuma vida pode ser excluída). Nos documentos produzidos pela Conferência Nacional, os Bispos sempre buscaram incentivar a igreja ministerial, a Igreja Povo de Deus, a Igreja comunhão-participação.

Não percamos de vista a vida da Diocese. Faz tempo tomamos consciência de que somos uma porção do povo de Deus, com o nome de Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, e que temos a missão de vivermos a unidade entre nós, com o nosso Bispo, com os nossos padres e unidos na elaboração e execução do nosso Plano de Pastoral. De fato, nossas assembleias diocesanas expressam, faz muito tempo, o nosso jeito de ´caminhar juntos’, nossa sinodalidade.

Um apelo. Sejamos profetas e profetisas da esperança. Comunidades de pessoas que, mesmo em tempos difíceis, encontramos caminhos e sinais que geram vida para todos. Sejamos também pessoas que vivem e que pregam a unidade, a concórdia e a paz, com palavras, e, muito mais, com gestos concretos. Cristãos (as) comprometidos com a defesa e a promoção da vida, da justiça, da paz e da solidariedade.

Que nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, que o Sagrado Coração de Jesus, patrono da nossa diocese nos ajude que tenhamos êxito nesta nossa ampliada nacional das CEBs.

Padre José Eder Ribeiro de Lima – Administrador Diocesano

1 Comment

  • Sílvia Rodrigues

    Que o trabalho das CEBs nos fortaleçam nosso compromisso de esperançar rumo a uma sociedade mais humana. Parabéns por esse relatório de esperança a mais um INTERECLESIAL.

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