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Primeirear a Igreja “em saída” a partir da “kenosis eclesial”

Primeirear a Igreja “em saída” a partir da “kenosis eclesial”

Artigos, Destaque, olhares
Por André Luiz Bordignon, teólogo Arte: https://agustindelatorre.com/ Introdução Primeirear (1) novos caminhos à luz do Evangelho é a práxis teológica da Igreja “em saída”, que se abaixa para encontrá-los. Essa proposta de tese colabora academicamente e pastoralmente com fundamentos teológicos necessários para responder aos sinais dos tempos, nesta época de mudança. Trata-se de pensar os fundamentos do Concílio Vaticano II aplicados e ampliados pelo Papa Francisco, mediante o conceito da “kenosis eclesial” elaborado pelo teólogo Hans Urs von Balthasar. As implicações conciliares presentes na proposta do papa Francisco e na teologia de von Balthasar permitem compreender, avançar e aplicar a dinâmica irreversível do Concílio Vaticano II. O primeirear no coração da Evangelii Gaud...
CEBs e dimensão político-social

CEBs e dimensão político-social

Destaque, Notícias, olhares
As CEBs transformaram o papel da Igreja em vários países e pelo Brasil afora, alcançando os movimentos sociais e estendendo-se aos movimentos urbanos na realidade de hoje. São presença garantida no Grito dos Excluídos e Excluídas, nas atividades da 6ª Semana Social Brasileira, na Jornada Mundial dos pobres. Estão presentes nas ruas, nos bairros, nos morros, nas vielas, nas ações solidárias, na defesa da terra, dos povos originários... Uma das características do jeito CEBs de ser Igreja é caminhar juntos de mãos dadas, um encorajando e animando o outro, nas lutas necessárias em defesa da vida. Para ajudar no discernimento sobre a dimensão sócio-política das CEBs, escolhi três dimensões constitutivas delas, que hoje me parecem particularmente atuais e inspiradoras. Território ...
Finados – Reflexões sobre a morte e o morrer!

Finados – Reflexões sobre a morte e o morrer!

Destaque, olhares
Há pessoas que não gostam de falar sobre a morte. Há pessoas que nem pronunciam esta palavra. Há pessoas que temem morrer! É o medo do desconhecido, que para muitos a morte representa. Para alguns o medo maior é o da decomposição, medo físico, visceral; para outras, o medo de ser enterrada viva; para muitos existe um medo intelectual que é o medo de perder a razão, o medo do desconhecido... existe também o medo da separação, o separar-se dos seres que mais amam, o medo de deixá-los sozinhos. Este é o medo afetivo. Talvez seja importante nos perguntarmos sobre alguns pontos de vista que este assunto suscita. Qual a nossa relação com a dor, com o sofrimento, com a doença, com a morte dos outros e a nossa própria morte? Quando confrontada com a iminência da morte, a pessoa pode ser levada...
O “inédito viável” no “esperançar”

O “inédito viável” no “esperançar”

olhares
Por Pe. Francisco Aquino Júnior Celebrando o aniversário de nascimento de Paulo Freire em setembro passado (19/09/1921), queremos retomar sua noção de “inédito viável”. Trata-se de uma intuição pouco aprofundada, mas fundamental para a tarefa do “esperançar” ou para a conquista cotidiana da cidadania. Aparece já em sua obra clássica Pedagogia do oprimido. É retomada em sua Pedagogia da esperança e em outros escritos. E está sempre ligada ao desafio e à tarefa de transformação da realidade que caracteriza o ser humano como ser da práxis. Diferentemente dos demais animais, o ser humano constrói sua própria vida. Em sentido estrito, só o ser humano, como ser da práxis (ação-reflexão), cria e transforma: “E é como seres transformadores e criadores que os homens, em suas p...
A vida transformada em profecia

A vida transformada em profecia

Destaque, olhares
Por Marcelo Barros Há três anos, partia nosso profeta Pedro Casaldáliga. Para quem o conheceu de perto e teve a graça de conviver com ele, não é fácil ver o mundo sem ele e, principalmente, nessa conjuntura de Igreja Católica que vivemos hoje. Apesar das minorias abraâmicas que teimam em viver o evangelho como profecia, a maioria do clero, da hierarquia e de muitos grupos católicos parecem decididos a caminhar para trás, nos caminhos de um devocionalismo barroco da época das nossas avós e ferrenhamente apegados a um clericalismo autorreferencial que quanto mais o papa denuncia, mais eles o fortalecem. Já em maio de 1973, no seu diário espiritual, Pedro Casaldáliga chegava a afirmar que para se sentir plenamente integrado na Igreja Católica, ele precisava ver que ela renunciava a...
Fortalecendo as CEBs do Brasil: Desafios e cuidados na caminhada

Fortalecendo as CEBs do Brasil: Desafios e cuidados na caminhada

Destaque, olhares
Por Francisco Aquino Júnior FOTO: Renan Dantas / Comunica15 De 18 a 22 de julho aconteceu em Rondonópolis – MT o 15º Encontro das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil. Um verdadeiro Pentecostes. Gente de todos os cantos do país e de outros países da América Latina: lideranças de comunidade, agentes de pastoral, religiosos/as, padres, bispos, membros de outras igrejas cristãs e de outras religiões, militantes de organizações e movimentos populares… Foram dias intensos de convivência fraterna, reflexão e oração sobre os desafios de nossa realidade e a missão de ser “Igreja em saída a serviço da vida plena para todos e todas”. Expressão viva de uma Igreja sinodal: povo de Deus, na diversidade de seus carismas e ministérios, em comunhão ecumênica, interreligiosa e social, a serviço d...
Só se combate a pobreza, combatendo a riqueza

Só se combate a pobreza, combatendo a riqueza

Notícias, olhares
Por Padre Francisco Aquino Júnior Riqueza não é apenas abundância, mas concentração de bens. E pobreza não é apenas carência, mas negação dos bens existentes e acumulados. Se houvesse abundância de bens para todos não haveria riqueza, mas fartura. Se houvesse carência de bens para todos não haveria pobreza, mas escassez. Não se pode identificar riqueza com abundância nem pobreza com carência. Riqueza e pobreza têm a ver com concentração dos bens existentes. Não é algo natural, mas um produto social. Tampouco é algo bom, ético e evangélico, mas uma injustiça social e um pecado que clama ao céu. Por isso, é preciso lutar com todas as forças contra a pobreza e contra a riqueza. Só há pobreza porque há riqueza. E só se combate a pobreza, combatendo a riqueza. A expressão mais extrem...
O Brasil nunca realizou uma redistribuição das terras

O Brasil nunca realizou uma redistribuição das terras

Notícias, olhares
Pe. Jean Marie Van Damme (Pe. João Maria – assessor das CEBs NE V) https://youtu.be/sLn_nscP6kw A análise começa recordando algumas dadas comemorativas deste mês de abril: dias 07, 17, 19 e 21. Versa sobre os lucros dos cartórios em 2022, as declarações do presidente Lula sobre a guerra na Ucrânia e a CPMI do dia 08 de janeiro e finaliza com algumas considerações sobre o encerramento das usinas nucleares na Alemanha. O mês de abril é caracterizado por dias de luta por direitos. O dia 07 de abril, o dia Mundial da Saúde, no Brasil é o Dia Nacional de luta pela saúde. Este ano, por causa talvez de ocorrer em plena sexta-feira santa, não tivemos notícias de grandes manifestações. Não passou totalmente em branco. A Central Única dos Trabalhadores fez uma reflexão importante sobre a...
O Ocidente tentou várias vezes liquidar a Rússia

O Ocidente tentou várias vezes liquidar a Rússia

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Por Roberto Malvezzi (Gogó) Napoleão perdeu a guerra contra os russos e o frio dos arredores de Moscou. Diz a história que os franceses enviaram 500 mil soldados para o front e retornaram apenas 27 mil. Em 1812 o exército francês recuou reduzido e humilhado. Na Segunda Guerra Mundial Hitler também tentou invadir a Rússia. A famosa batalha de Stalingrado durou de 1942 a 1943. Morreram 2 milhões de pessoas. Os nazistas perderam e aí começou a decadência do III Reich. A Rússia tem sua responsabilidade no ataque ao território ucraniano, porém, se recorda de Napoleão e de Hitler, conhece sua própria história e não quer a OTAN nas suas fronteiras. Com seus 17 milhões de km², maior país do mundo e vastas riquezas em petróleo, gás e outros bens naturais, a Rússia é grande demais aos o...