A reunião da equipe ampliada nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) começou nesta quinta-feira, 24, em Cuiabá (MT), com uma celebração que recordou as lutas do nosso povo, dos nossos mártires, em meio a um turbulento momento histórico e na véspera da comemoração de um importante acontecimento para o cristianismo.
De um lado, a tentativa de golpe na Venezuela e a relação entre o assassinato da vereadora Marielle com políticos ligados a milícias, para ficar em alguns fatos. Vindo para Mato Grosso, vemos a situação vergonhosa criada pelo governo estadual, que com projetos de lei a toque de caixa oprimem o povo e beneficiam os mais ricos. De outro lado, o apóstolo Paulo, cuja festa da conversão é comemorada hoje (25 de janeiro), refletindo esperança, consolação, amor e o projeto de Jesus Cristo.
Esse contexto fez parte da oração inicial da reunião, que começou à noite no Centro Nova Evangelização (Cene)/CNBB-Regional Oste 2. Lutadoras e lutadores do povo foram lembrados, assim como as causas socais. Entre elas, a ameaça às terras indígenas, o feminicídio, a situação de violência no Ceará e a experiência popular da escola de teologia de São Félix do Araguaia (MT).
A reunião tem ainda a presença de representantes do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), Economia Solidária e outras entidades convidadas.
O bispo da diocese de Rondonópolis-Guiratinga, dom Juventino Kestering, deu as boas-vindas, destacando a importância de “cuidar das comunidades”, pois é lá que o dia a dia do povo de Deus acontece. “Vamos aproveitar a organização do 15º Intereclesial pra gente se aproximar e escutar as alegrias e clamores das pessoas, das comunidades, da base”, disse ele.
Para dom Juventino, a construção do 15º deve ser uma oportunidade para buscar diálogo com os mais diversos movimentos, grupos, pastorais, serviços e organismos da igreja, além dos seminários, escolas de teologia, coordenadores regionais e diocesanos e a juventude.
“Espero que o processo seja propositivo e valorize a ‘positividade’ das CEBs nos meios de comunicação, nas homilias, nas romarias, nas celebrações penitenciais. E que aponte novos caminhos diante dos novos tempos que vivemos”.
O bispo referencial das CEBs no Regional Oeste 2, dom Neri Tondello, ressaltou as características de Mato Grosso e a importância de uma igreja “com os pés no chão”. Ele informou que o estado possui mais de 40 etnias indígenas, sofre com o modelo econômico baseado no agronegócio, mas é marcado pela luta em defesa dos grupos marginalizados.
“Existe um preconceito de que Mato Grosso é só agronegócio. Mas aqui também tem muita gente comprometida com os pobres e com os encurralados por este modelo. A defesa dos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e tantos outros nos mantém no caminho de nossos ideais”.
A reunião ampliada se estende até o domingo (27).
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Ana Paula Carnahiba e Gibran Lachowski, da Assessoria de Comunicação do Regional Oeste 2
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