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Comunidades de Cuiabá (MT) fazem Caminhada pela Paz

As Comunidade Eclesiais de Base (CEBs) de Cuiabá, capital de Mato Grosso, investem nas ações em defesa da paz, aproveitando o período de Quaresma. Também é uma forma de mostrar como a superação da violência – tema da Campanha da Fraternidade – passa pela construção de uma espiritualidade sadia e do trabalho em prol da justiça social.

Neste sentido, no sábado (dia 24) ocorreu a Caminhada pela Paz da paróquia Sagrada Família, com sede no bairro Carumbé, em Cuiabá. A iniciativa foi organizada e animada por leigas e leigos.

A caminhada chamou a atenção para a violência nas famílias, escolas e na mídia, contra as mulheres, jovens, idosos e a natureza.

Durante o trajeto foram divulgados números da realidade social. O Brasil é o quinto país do mundo em violência contra a mulher. A maior parte dos assassinatos contra a juventude envolve armas de fogo e mata moradores da periferia.

 

Símbolos da paz

Jesus Cristo, Maria, dom Oscar Romero, Gandhi, São Francisco de Assis  e o papa foram lembrados como símbolos da paz. A acolhida aos imigrantes também foi destacada, principalmente aos haitianos, que há alguns anos vêm para Cuiabá em busca de trabalho.

A Caminhada pela Paz teve faixas, cartazes, carro de som, apresentações teatrais e músicas. Percorreu os bairros Carumbé, Bela Vista, Campo Verde, Pedregal e terminou no Jardim Leblon. Lá, os participantes foram acolhidos pela comunidade Imaculada Conceição e acompanharam a missa de encerramento.

 

Diversidade

Participaram da caminhada moradoras e moradores de todas as comunidades da paróquia Sagrada Família, além de freiras e padres.

Várias entidades estiveram presentes: Conselho Indigenista Missionário, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), Irmãs da Divina Providência, Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração, Pastoral da Juventude, Associação das Famílias pela Unificação e Paz Mundial e Comissão de Justiça e Paz.

Rosenil Conceição Bom Despacho, de 40 anos, foi uma das pessoas que animou a caminhada. Ela faz parte das CEBs e do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi). Rosenil destacou a importância do povo estar nas ruas pedindo paz.

“É importante a gente sair do nosso espaço de comodidade e vir pras ruas. É preciso saber de que paz estamos falando. É necessário construir diálogos com outras religiões, outros povos. Porque a paz é ponte, a paz significa superar os muros”.

Ela encerrou lembrando da paz que Cristo defendia, que correspondia à vida plena. “E isso significa uma paz pautada na justiça, na saúde, na moradia, na vida digna”.

Por Gibran Luis Lachowski e Ana Paula Carnahiba, da equipe de comunicação das CEBs-MT, Regional Oeste 2

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