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Fórum Social da Arquidiocese de Mariana/MG discute importância da água

Texto (Ramon Teixeira e Samuel Ulhôa). Arte (Samuel Ulhôa)

Termina neste domingo (29) o 7º Fórum Social Arquidiocesano Pela Vida, em Barão de Cocais, Arquidiocese de Mariana (MG). O encontro começou na quinta-feira e tratou do tema “A terra clama por justiça; e os pobres, por direitos”. O lema foi “Eu ouvi o clamor do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3, 7).

Água é vida. Sem ela, não sobrevivem os seres humanos, não sobrevivem os bichos, não sobrevivem as matas. Não sobrevivem a cultura e a religiosidade do povo. Das montanhas de Minas Gerais, desde que o mundo é mundo, brota, com fartura, a fonte da vida, que gera esperança e alimenta com força os seus filhos e filhas para que continuem a caminhada de luta em busca da justiça.

 

As serras do Espinhaço, do Caraça e da Piedade e toda a sua gente grita: “A terra clama por justiça; e os pobres, por direitos”

 

A mineração é uma atividade secular no Brasil. Desde o século 16, com a chegada dos colonizadores, que a atividade gera transformações de todo tipo nas terras e vida de quem convive com ela. Sobretudo em Minas Gerais (representado pelo triângulo do desenho) – cujo nome já nos remete a esse processo histórico da mineração.

Recentemente, essa trajetória toda da mineração, culminou em dois desastres que marcam a história do povo de Deus de Minas e de todo o país. O rompimento das barragens de Fundão e a de Santarém, em Mariana (2015) e da barragem do Feijão, em Brumadinho, neste ano de realização do 7° Fórum Social Arquidiocesano Pela Vida (2019).

Na arte feita para o encontro, todo esse processo é representado pela barragem que separa no meio as montanhas e nascentes, cuja lama passa por baixo.

As serras do Espinhaço, do Caraça e da Piedade e toda a sua gente grita: “A terra clama por justiça; e os pobres, por direitos”. A luta se intensifica pela defesa dos direitos. Da fé do povo brota a força, a resistência e esperança para continuar a caminhada. A água que purifica, precisa ser purificada. E com o clamor do povo, a Boa Nova se faz presente para a libertação.

 

O povo sabe da importância da água, cuida e a quer preservar para as gerações futuras

 

Abraça a cena acima descrita, um grupo de pessoas, em toda a sua diversidade. Estão iluminadas por Deus e sua bondade (representado pelas vestes amarelas). Elas cuidam umas das outras, são solidárias, e respondem aos desafios com amor, e buscam justiça. Da comunidade (representado pela capela), brota a água pura, em abundância.

O povo sabe da importância da água, cuida e a quer preservar para as gerações futuras. Os desafios são muitos. Na mesma força está a organização do povo e a resposta em forma de amor, solidariedade, esperança, resistência e luta do povo.

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