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Hora do Agir: Diocese de Sinop se Reúne para Asssembleia em Alta Floresta.

   “fortalecer a dimensão eclesial das CEBs é  fortalecer nosso olhar para uma igreja mais justa, fraterna e solidária, com novo ânimo e novo vigor”.

Nos dias 10 e 11 de fevereiro aconteceu a Assembleia Diocesana das CEBs da Diocese Sagrado Coração de Jesus, de Sinop, no Centro de Formação Boa Nova em Alta Floresta. A assembleia, que teve como Assessor, Davi Freire, seminarista diocesano e que agora compõe a Coordenação Pastoral da Diocese, abordou o tema “CEBs, uma Igreja a Serviço da vida e da esperança” e lema “Mestre, eu quero ver de Novo (Mc 10,51)”. Participaram da Assembleia irmãs e irmãos das foranias de Peixoto de Azevedo, Vera, Juara, Sinop, Alta Floresta e Colíder.

Através do aprofundamento realizado pelo assessor, os membros das assembleia identificaram, realizando estudo do evangelho, alguns pontos relevantes no que diz respeito a opção preferencial da  igreja e as esperanças que o Evangelho de Marcos desperta nas comunidades, e, além disso, refletimos, a partir da figura do cego, o que precisamos ver de novo, fazendo referência a necessidade de reflexão sobre nossa vida cristã e a caminhada da igreja nos pontos em que não consegue ainda ser profundamente fiel a projeto de Jesus.

Davi fez memória do 14º Intereclesial, trazendo a frase de Frei Betto “As comunidades de base, elas têm que crescer e isso têm que ser uma iniciativa dos leigos” e, após o aprofundamento bíblico, em pequenos grupos, refletiu-se sobre as cruzes da caminhada de hoje e como elas nos influenciam no desenvolvimento dos trabalhos das comunidades. Após isso, já no dia 11, seguiu-se com a continuidade do aprofundamento do Evangelho, identificando os desafios das Comunidades Eclesiais de Base na diocese e como superá-los.

                Dentre os desafios levantados nos trabalhos da diocese, tem-se a questão do exôdo rural, algumas relações tumultuadas tanto com movimentos quanto com estruturas e sacerdotes, falta de apoio e comprometimento e a necessidade de fortalecimento da identidade e atuação concreta das batizadas e dos batizados dentro das nossas comunidades. Sobre tais desafios, além da iluminação bíblica que conduziu a assembleia, junta-se a figura do papa Francisco como referência para uma igreja em saída que sabe onde deve chegar e a quem deve socorrer e priorizar. Ainda coube a condição de que cada forania aprofunde-se em realidade, considerando o imperativo “Mestre, eu quero ver de Novo”, trabalhando a superação dos mesmos.

            Houve ainda, durante a assembleia, a partilha dos delegados que participaram do 14º Intereclesial das CEBS em Londrina. Cada um compartilhou os desafios apresentados em suas mini-plenárias e os encaminhamentos que cada uma delas produziu para as nossas realidades, bem como, uma visão geral sobre todo o processo, especialmente considerando que o 15º Intereclesial acontecerá no estado de Mato Grosso, em Rondonópolis. Dessa forma, cabe aqui, trazer os desafios assumidos pelo Regional Oeste II, onde a Diocese de Sinop está inserida:

  • Proposições:  a inserção dos membros das comunidades nos conselhos municipais, de classes, sindicatos, associações e demais espaços públicos; Criação e fortalecimento das escolas de Fé e Política e grupos de acompanhamentos ao legislativo e a realização efetiva do estudo da Campanha da Fraternidade 2018;
  •  Quanto a questão do fortalecimento do regional das CEBs, foram estabelecidas as seguintes prioridades: Formação de equipes paroquiais de CEBs; Busca permanente de parcerias e estreitamento dos laços com as entidades sociais religiosas (CPT, CIMI, CRP, Economia Solidária, etc.); e, por fim, fomento a formação nas bases (CF, Natal em família, grupos de reflexão\círculos bíblicos, fé e política).

                No final do encontro, Davi, que fez a assessoria, avaliou a assembleia de maneira positiva e muito produtiva e pontou que o objetivo principal foi o de “fortalecer a dimensão eclesial das CEBS”, motivando as comunidades da diocese a superar os desafios que apareceram durante os trabalhos. Acrescentou ainda que a ideia foi de “fortalecer nosso olhar para uma igreja mais justa, fraterna e solidária” e saindo da assembleia, todos voltam para suas realidades com “novo ânimo e novo vigor”.

Por: Mequiel Zacarias Ferreira

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