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36º Encontro Diocesano das CEBs – Diocese Guaxupé


Dias: 26, 27 e 28 de abril, em Bandeira do Sul/MG
Assessor: Frei Gilvander Luís Moreira (da CPT, CEBI, ocupações na periferia de BH-MG)

“Hoje, quero unir a minha voz à sua e acompanhá-los na sua luta; sigam com sua luta, fazem bem a todos nós. É como uma bênção da humanidade” (Papa Francisco, nos seus Encontros com os Movimentos Populares).

Vivemos tempos que exigem de nós uma postura firme, consequente, de uma Igreja em saída, que sacuda o cheiro de incenso e escancare suas portas para o ar que circula nas ruas. Só assim, seremos capazes de traduzir nossa fé em compromisso político-social transformador. Só assim, teremos a audácia e coragem necessárias para assumir – somando com os movimentos populares – a luta e a resistência que garantem os direitos dos pobres, dos trabalhadores/as, das mulheres, negros, indígenas, sem-terra, sem-teto e sem salário, dos LGBTs e de todos os que têm a vida diminuída e ameaçada.

No Brasil do golpe, no Brasil do assassinato de Marielle Franco e de tantas/os outras/os, no Brasil tomado pela onda neofascista em que muitos cristãos/ãs embarcaram, pensando ser Deus de direita e apostando num cristianismo burguês, reacionário, de elite, temos de tomar partido. A neutralidade é impossível. Ou a Igreja se identifica com o destino do povo, sofrendo com ele a mesma sorte, agonizando a mesma morte, ou se dissocia e divorcia de vez da sua trágica realidade, traindo covardemente a memória histórica daquele Moreno, profeta galileu que sempre saiu em defesa dos excluídos, marginais, dos últimos…

Por isso, as CEBs da Diocese de Guaxupé, reunidas em seu 36º Encontro Diocesano, refletirão o tema: “Igreja de comunidades e movimentos populares” e o lema: “A Igreja que temos e a Igreja que queremos”. É urgente nos despertarmos desta tranquilidade (omissa) que anestesia nossas consciências. Não podemos nos afastar dos grupos que pelejam para tornar factível este outro mundo possível que acreditamos e construímos. Não podemos nos encerrar nas sacristias. É hora de arregaçarmos as mangas, empunharmos as mãos, erguermos nossas vozes e nos colocarmos a caminho, seguindo os pés descalços de Jesus de Nazaré, ao lado dos que mais sofrem.

As CEBs não podem perder sua vocação de sementeira de lideranças combativas, de gente que não foge da fera, que enfrenta o leão… Não deixemos que nos roubem nossos sonhos, nossa Utopia. Continuaremos a fazer festa, a celebrar, a dançar… ainda que em meio a tantas dificuldades e reveses. Não somos muitos e não podemos muita coisa, mas nunca estivemos tão certos de que nossa FORÇA é nossa FRAQUEZA ORGANIZADA. Então, vamos juntos, de braços unidos, ombro a ombro, fazer acontecer. Nossa militância inspira Esperança quando dizemos: sim, nós podemos! Levantemo-nos e façamos agora! A vitória virá.

Por Denis Wilson

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