Comentário de Dom Neri Tondello, bispo de Juína/MT (com Editoria)
Aconteceu de 2 a 4 de outubro de 2019, em Roma, o Congresso Internacional em relação aos 40 anos da Conferência Geral do Episcopado Latino-americano de Puebla (México).
O congresso foi organizado pela Pontifícia Comissão para a América Latina da Cúria Romana e teve o tema “Comunhão e Participação”.
(O papa Francisco recebeu os participantes do congresso e fez um discurso a eles, como você pode conferir aqui.)
Um belíssimo programa de palestras tornou possível este acontecimento, com a presença de cardeais, bispos, estudiosos, professores. Trouxe a memória dos anos de vida e de luta da América Latina, principalmente nas décadas de 60 e 70, quando várias ditaduras foram implantadas na região. Entre elas, Brasil (64), Argentina (66), Peru (68), Uruguai e Chile (73).
O congresso também tratou da perspectiva da América Latina na cena internacional e da igreja latino-americana – do Concílio Vaticano II (1962-1965) até Puebla (1979).
Houve espaço para rever o contexto da época em que Puebla foi realizada, sobretudo a conjuntura social, econômica, política, cultural e eclesial do México.
Padre José Marins falou sobre as CEBs no contexto da Conferência de Puebla
Também foi falado de Puebla como um evento midiático e de sua hermenêutica histórico-cultural. Da relação da conferência episcopal com a civilização do amor, a opção pelos jovens e a opção preferencial pelos pobres.
Ainda se tratou da ideologia política e dos direitos humanos. Da evangelização e religiosidade popular a partir da devoção mariana. E das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), assunto muito bem apresentado pelo padre e teólogo brasileiro, José Marins.
Foi realmente um momento muito importante, muito bonito, muito brilhante este congresso sobre os 40 anos de Puebla.
Gostaria de receber o texto de todo encontro, porque é muito importante.
Apesar de não conhecer profundamente, percebo que a CEBs é a voz do povo oprimido para a Igreja e a voz da Igreja para o povo oprimido.