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Não é justo morrer trabalhando e nem trabalhar até morrer! Nota da Ampliada das CEBs Regional Sul 2

Nota da Ampliada das CEBs Regional Sul 2

Não é justo morrer trabalhando e nem trabalhar até morrer!

“ Aquele que oferece um sacrifício arrancado do dinheiro dos pobres é como o que degola o filho aos olhos do pai.” (Eclo 34, 24)

As Comunidades Eclesiais de Base do Paraná, reunidas em Ampliada nos dias 23 e 24 de fevereiro, na cidade de Apucarana, reafirmam seu compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, que tem seus direitos ameaçados por um sistema econômico gerador de desigualdades sociais, onde poucos detém a maior parte das riquezas e a maioria, cada vez mais empobrecida é jogada num Vale de morte.

Repudiamos a Reforma da Previdência, proposta pelo governo atual, que retira direitos e seguridade social historicamente garantidos, fruto da luta e organização da classe trabalhadora, de profetas e profetizas que deram suas vidas em favor de um mundo mais justo.

Não aceitamos retrocessos no aumento da idade da aposentadoria, na redução dos benefícios dos aposentados e no aumento do tempo de trabalho e contribuição. Menos ainda, a disparidade entre categorias de trabalhadores, que tem privilégios em relação ao tempo de trabalho e benefícios. Não é justo morrer trabalhando e nem trabalhar até morrer!!

Onde vai parar essa sangria dos direitos dos pobres? Sabemos que a Reforma da Previdência soma-se à terceirização irrestrita, à Reforma Trabalhista, à PEC 55 do Teto dos Gastos, à criminalização dos movimentos populares e ao descaso com a proteção do meio ambiente e povos tradicionais.

Denunciamos o incentivo à posse de armas e consequentemente a ameaça à vida, sobretudo das mulheres, dos jovens pobres, negros e de periferia. Reafirmamos que a defesa das politicas públicas como garantia de direito é o caminho para superação das desigualdades e injustiças.

Em sintonia com a Igreja do Brasil, através da Campanha da Fraternidade afirmamos: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). Solidarizamo-nos ainda com a organização do Sínodo da Amazônia que busca “novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”, e sofre ameaças e perseguições por essa ação profética.

Conclamamos as comunidades a manter a unidade, a fidelidade à Palavra de Deus, a experiência com Cristo Ressuscitado e a defesa incondicional da vida dos pobres e marginalizados. Que Deus Pai e Mãe, continue caminhando conosco.

Ampliada das CEBs Regional Sul 2, Apucarana 24 de fevereiro de 2019

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