Texto: Irmã Roselei Bertoldo (Rede Um Grito Pela Vida-Região Norte)

O Sínodo da Pan-Amazônia está sendo um tempo de graça e de muitas bênçãos para a Pan-Amazônia, principalmente para nós que estamos aqui, em Roma, participando deste momento histórico para a vida dos povos amazônidas.
Desde a celebração de abertura do domingo (06), como também a celebração no primeiro dia, foram momentos muito fortes da dimensão presencial do papa e da forma como ele foi conduzindo todo o processo. Na celebração inicial do segundo dia (07), o ponto marcante foi a presença da equipe itinerante e dos indígenas no túmulo de São Pedro.
Quando o papa fez a abertura e a caminhada na procissão para a sala sinodal, pôde-se sentir a presença de um homem simples que caminhava junto com o povo, abraçando e deixando-se abraçar, contemplando cada olhar, cada rosto de quem caminhava junto.

Na sala Sinodal, tivemos a certeza, por meio do discurso de Francisco, que ele sabe para onde quer caminhar e nortear todo o trabalho Sinodal. Dentre as diretrizes de evangelização, o papa orienta a atuação da Igreja em quatro dimensões fortes: pastoral, cultural, social e ecológica.
Naquele momento, sentimos muito forte que o papa quer caminhar junto com todos aqueles que estão presentes no Sínodo, preocupados com o futuro da Amazônia. E destacou que cada uma e cada um de nós é a voz e a presença do povo que foi escutado nessa grande Pan-Amazônia. 
 

A dimensão da construção coletiva do Sínodo, além de ser uma grande responsabilidade, é o momento histórico para o cuidado da vida da Amazônia

 
E temos essa grande responsabilidade de fazer novos rumos, pensar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral a partir daquilo que as bases trouxeram e estão presentes dentro do instrumentum laboris (instrumento de preparação).
A dimensão dessa construção coletiva, além de ser uma grande responsabilidade, é o momento histórico para o cuidado da vida da Amazônia, que tem um reflexo mundial muito grande.