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Festa de Pentecostes

Leituras: At 2,1-11 – Sl 103 – 1Cor 12,3b-7.12-13 – Jo 20,19-23

Por: Quininha Fernandes Pinto

Celebramos neste domingo a festa de Pentecostes. Uma solenidade capital para a Igreja, complemento da Páscoa, que celebra, liturgicamente, a vinda do Espírito sobre os discípulos, manifestando a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e na atividade dos que seguem Jesus. A “plenitude” do Espírito é a característica dos tempos messiânicos. Tempos em que a Aliança, não mais limitada a um povo escolhido para dar a conhecer o verdadeiro Deus, é aberta a todos os povos e a todas as raças; não mais caracterizada por um “sinal na carne” = circuncisão, mas pela presença do amor de Deus no coração de todos e explicitado/visibilizado pela dinâmica desse amor no mundo. Os dons – apresentados em síntese como 07, número da plenitude – querem dizer desse Amor maior, oferecido em forma de Conselho, Entendimento, Fortaleza, Sabedoria, Piedade, Ciência e Temor a Deus, por serem expressões da presença desse amor em nós, que devem ser colocados a serviço de um mundo mais justo, fraterno e humano. Mas todo bem é dom; todo amor que move o mundo é Graça. É o Espírito de Deus agindo em nós. Todos temos dons do Espírito Santo; alguns mais perceptíveis, outros mais discretos, mas não menos importantes. O Espírito dotou a todos com seus dons… não só um número restrito que parecem ter domínio sobre Ele. Portanto, é preciso descobri-los, talvez pedir algum que esteja sendo necessário na minha vida, mas nunca em benefício próprio, sempre para o bem comum. Só assim, compreendendo a dimensão comunitária e fraterna desta festa podemos entender o sentido da Sequência que hoje é proclamada na liturgia:

“Espírito de Deus

enviai dos céus

um raio d luz!

Vinde, Pai dos pobres,

dai aos corações

vossos sete dons.

Consolo que acalma,

hóspede da alma,

doce alívio, vinde!

No labor descanso,

na aflição remanso,

no calor aragem.

Enchei, luz bendita,

chama que crepita,

o íntimo de nós!

Sem a luz que acode,

nada o homem pode,

nenhum bem há nele.

Ao sujo lavai,

ao seco regai,

curai o doente.

Dobrai o que é duro,

guiai no escuro,

o frio aquecei.

Dai à vossa Igreja,

que espera e deseja,

vossos sete dons.

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