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O povo católico do Brasil celebra a festa de sua padroeira a Senhora Aparecida. Quininha Fernandes

Festa de Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil 🇧🇷
12 de outubro

A religiosidade popular ao longo dos séculos e em diferentes lugares deram a Maria, a Mãe de Jesus, muitos rostos e muitos nomes influenciados pelas diferentes culturas e pela história própria e peculiar de cada país. Mas é uma e única Mãe do Senhor, cuja piedade popular vê em Maria aquela que pode interceder por nós junto ao seu Filho Jesus. O evangelho desta festa, muito conhecido, é visto como o primeiro sinal de Jesus, ao transformar água em vinho, nas Bodas de Caná – Jo 2,1-11 -. Maria, como é bem próprio do ser feminino, percebe o aperto dos anfitriões da festa com a falta de vinho. Avisa o filho. Este parece ser ríspido com sua mãe, afinal o que ela tem a ver com isso? Mas Maria, certa de que o Filho faria alguma coisa, tomou a iniciativa e preparou tudo para a atuação de Jesus. “Fazei o que ele vos disser”. E assim foi feito.

As demais leituras de hoje também enaltecem o papel da mulher no projeto salvífico que Deus sonhou para a humanidade. Em Est 5,1b-2;7,2b-3 vemos como a rainha Ester soube usar de sua beleza e sedução para pedir ao rei que concedesse a vida ao povo de Deus, que seria exterminado. E na leitura do Apocalipse – Ap 12,1.5.13a.15-16a – vemos a figura da mulher que havia dado à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações e, após ter voltado para junto de Deus o dragão começou a persegui-la. Podemos perceber, nestas leituras, que o discipulado se faz com feminilidade: sedução, ternura, beleza, caráter, sensibilidade, cuidado, firmeza, coragem, e sobretudo, com muita fé! E a devoção a Maria pede-nos muita fé e seguimento ao Filho.

O que agrada a Maria, verdadeiramente, é seguir o Filho, é ouvir o Filho, é tomar para si o projeto e a cruz do Filho. Todo o resto merece o nosso respeito, mas prescinde do essencial que Maria nos deu como itinerário para a implantação do Reino: “Fazei tudo o que ele vos disser”! Jesus é o vinho novo da alegria, da Nova Aliança, por isso servido ao final, vinho de novos tempos e tempos novos, vinho que não pode faltar em nenhuma festa!

Que neste momento de tanta responsabilidade para o povo brasileiro – tão carente de alegria e de esperança – e conscientes de somos a maioria neste país, possamos nos espelhar nas mulheres da liturgia deste domingo e, historicamente, possamos fazer a diferença, cientes que para agradar a Maria, devemos seguir o seu Filho.

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