O bem viver no semiárido se espelha na experiência do povo do Caldeirão: produção orgânica, guarda das sementes crioulas, uso alternativo da água e valorização da agricultura familiar.
Aconteceu neste domingo, dia 23 de setembro, a 19ª Romaria da Santa Cruz do Deserto no Caldeirão do beato Zé Lourenço, ao som do violino, com o tema: “Campones em defesa da vida e dos direitos”.
A romaria da Santa Cruz faz um resgate histórico da espiritualidade vivida pelo povo do Caldeirão. O Pe. Vileci disse em sua homilia que “a inveja, a rivalidade e a desordem não faziam parte da comunidade do Caldeirão porque a paz reinava neste lugar tendo como fruto a justiça”.
Oração e trabalho era o lema da comunidade: “ninguém possuía nada e tudo era de todos”. Havia engenho de rapadura, casa de farinha e diversas oficinas, criação de animais e grande variedade de frutas. Foi lembrado que no ano de 2016, cresceu 15% a violência no campo brasileiro.
Mas a construção do bem viver no semiárido se espelha na experiência do povo do Caldeirão: produção orgânica, guarda das sementes crioulas, uso alternativo da água e valorização da agricultura familiar.
No final da celebração, houve uma manifestação das mulheres contra o feminicídio que acontece na região do Cariri. Após a celebração, veio o aboio dos vaqueiros que fizeram uma cavalgada ao Caldeirão com mais de 80 cavalheiros.
Deus seja louvado por mais uma romaria!
Por Vileci Vidal
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