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34º Domingo do Tempo Comum – Festa de Cristo Rei do Universo – Ano BLeituras: Dn

Por: Quininha Fernandes Pinto

7,13-14 – Sl 92 – Ap 1,5-8 – Jo 18, 33b-37
Nas leituras propostas pela liturgia deste domingo, podemos compreender a natureza da realeza de Jesus Cristo. Jesus de Nazaré se apresenta como um rei, mas seu Reino não é deste mundo. Jesus Cristo é rei porque é o mediador salvífico de toda criação. Nele todas as coisas encontram seu acabamento, sua verdadeira subsistência. Deus continua a criar por meio do amor, e toda a criação é chamada, no ser humano, a participar de sua vida divina, a entrar em sua Família. É em Jesus Cristo que toda a criação encontra o ponto de apoio de sua subsistência definitiva – cf. Hb 1,3 e Cl 1,17 – e neste sentido Jesus é o Primogênito de toda a Criação, de todas criaturas, é o rei da criação porque só Ele é a imagem do Deus invisível é a realização do sonho de Deus para todos nós.
Por isso a solenidade deste domingo que encerra o Ano litúrgico B, leva-nos a refletir sobre o poder exercido por Jesus em contraste com a maneira, a postura dos nossos políticos, chefes, coordenadores e/ou pessoas que detém ou exercem algum tipo de poder. O poder, em grande parte, serve para lhes dar status social, mordomias e reverências, lucro e vantagens econômicas e sociais… gostam do primeiros lugares, de atenções especiais e de melhores condições que seus subalternos, e que todos os outros…
O poder de Jesus foi exercido na forma de serviço, de doação aos que sofrem, aos mais pobres e pequenos, aos pecadores e párias da sociedade! Que diferença! Que contraste! Que lição! O Cristo Rei que celebramos hoje não teve mordomias ou regalias que o exaltassem: seu trono foi a cruz e sua coroa não detinha ouro e pedras preciosas, foi uma coroa de espinhos! Esse é o nosso Rei.
Que a exemplo dele coloquemos nosso poder – todos temos algum tipo de poder – a serviço de um mundo mais justo e fraterno; empenhemos nossos dons e nossas conquistas, tornado-nos porta-vozes dos que não têm voz; usemos nossos bens para fazer amigos com a riqueza iníqua. Que nos esquivemos dos primeiros lugares e que sejamos aqueles que se dedicam a lutar pela justiça e pela paz. É isto que nos pede as leituras deste domingo em que celebramos também o dia do leigo/a, conscientes da nossa missão e da nossa responsabilidade em anunciar a Boa Nova do Reino numa Igreja que sonhamos ser sinodal, com fraterna igualdade, sem clericalismos. Que seja assim. Amém e amem. Bjs no coração.

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