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Participantes do Sínodo destacam formação de leigos e questões socioambientais

Texto: Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV (Prelazia de Itacoatiara – AM)

Nestes primeiros dias de Sínodo da Pan-Amazônia, em Roma, diversos temas foram abordados, como formação de seminaristas e de leigos, diaconato permanente para as mulheres, a relação da igreja com os jovens, povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas e migrantes. Acompanhe detalhes no relato de dom José Ionilton, que traz informações desde a abertura do Sínodo (no domingo, 06) até o dia de ontem (quinta-feira, 10).

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Completamos hoje o quarto dia do Sínodo da Pan-Amazônia, que está acontecendo no Vaticano, desde o domingo, dia 06.

Segunda-feira à tarde (07), todo o dia de terça (08) e o dia de quarta (09), foi reservado para as falas de seus participantes, lembrando que são 185 de nove países, entre eles, nós do Brasil. Os demais são Peru, Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

O papa Francisco esteve sempre presente, escutando muito e falando pouco. Esteve ausente apenas na quarta pela manhã, por causa de sua atividade com o povo na Praça São Pedro, a chamada audiência pública que acontece sempre nas quartas pela manhã.

Falaram até quarta 99 participantes do Sínodo, sobre os mais variados assuntos, sempre partindo do Instrumento de Trabalho, texto de preparação para o Sínodo e da realidade da Pan-Amazônia, onde cada um vive e trabalha.

Os temas mais evidenciados foram:

  1. Jovens, nossa opção pastoral por eles e a importância de envolvê-los no cuidado com a casa comum;
  2. Povos Indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pequenos agricultores: sofrem ameaças do poder econômico contra seus territórios, suas terras, suas culturas;
  3. Devemos ouvir o grito dos últimos, que não deve nos deixar em paz um minuto;
  4. Inculturação: ser como (o apóstolo) Paulo, ou seja, devemos ser amazônicos com os amazônicos;
  5. Comunidades ribeirinhas, indígenas e afro-descendentes: como fazer para que cheguem a elas os sacramentos, especialmente a Eucaristia.
  6. A questão do ministério ordenado que presida os sacramentos.
  7. Migrantes;
  8. Vocação, missão e formação dos Leigos, especialmente no campo da política e cidadania;
  9. Criminalização dos indígenas, negros, pequenos agricultores e ribeirinhos que lutam em defesa de seus direitos e a criminalização de outras lideranças pastorais e sociais que apoiam estas lutas;
  10. Formação dos Seminaristas;
  11. Passar de uma pastoral da visita para uma pastoral da presença;
  12. Diaconato permanente para as mulheres;
  13. Tornar a sinodalidade uma dimensão constitutiva da Igreja.

Durante o dia de ontem, quinta (10), trabalhamos em grupo de 20 pessoas, retomando os principais assuntos já apresentados no plenário do Sínodo.

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