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Bispo de Juína (MT) traz primeiras impressões sobre Sínodo da Pan-Amazônia

Texto: Neri Tondello, bispo de Juína-MT/referencial CEBs RO2

Dom Neri José Tondello, bispo de Juína/MT, fez um relato da manhã de hoje (segunda, 7) em relação ao Sínodo da Pan-Amazônia, que está ocorrendo em Roma. Ele é o bispo referencial das CEBs em Mato Grosso (Regional Oeste 2) e está acompanhando de perto as atividades no Vaticano. Os demais bispos do estado também estão presentes.

O Sínodo foi chamado pelo papa Francisco para que a igreja reflita sobre sua atuação espiritual e social na região, que envolve Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa, Guiana Inglesa e Suriname. Acompanhe o relato (abaixo). E compartilhe. Vamos ecoar esse importante momento histórico.

“Pela manhã houve uma cerimônia na Basílica de São Pedro, em Roma, com a presença da simbologia indígena, o papa Francisco, redes, flechas, cartazes com mártires da caminhada, religiosos, gente de todos os cantos da Pan-Amazônia. Invocamos o Espírito Santo como oração sobre o Sínodo.

Depois fomos para a sala Paulo VI, com muitos holofotes, muitas imagens, muita expectativa do mundo inteiro. O papa fez uma breve saudação, muito bonita e afável. O bom humor dele impressiona. Ele faz brincar o tempo todo em sua fala. Ele faz rir todo mundo. É um homem puramente de Deus, um homem tão desarmado, tão tranquilo, cheio de paz. Que bela figura!

 

“Cardeal Cláudio Hummes disse que o mais importante do Sínodo é a missão da igreja na Pan-Amazônia”

 

Em seguida tivemos a retomada do processo histórico do Sínodo, desde sua convocação pelo papa, em 2017. O secretariado responsável pelo Sínodo mencionou o período de preparação, as consultas, os povos indígenas, seringueiros, quebradeiras de coco, quilombolas e tantos outros grupos, lideranças ouvidas, todo um produto desta caminhada.

Mais à frente o cardeal brasileiro Cláudio Hummes, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), fez uma belíssima exposição. Ele ressaltou que o mais importante do Sínodo é a missão da igreja nos países da região e foi muito aplaudido.

Em seguida tivemos eleição de algumas pessoas para a comissão de redação do Sínodo, e uma delas foi dom Mário Antônio da Silva, de Roraima.

 

Escutar o Espírito Santo

Estamos caminhando numa expectativa bonita, de convivialidade, de muito respeito, muita dignidade. Expectativa que, de fato, consigamos fazer um caminho sinodal. Esse é o convite do papa. Que estejamos abertos à conversão. Fizemos a escuta dos povos, agora vamos escutar os cientistas. Vamos escutar o Espírito Santo. Vamos fazer o discernimento e tomar as devidas decisões em vista de caminhos novos para a igreja.”

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