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Ampliada das CEBs/Arquidiocese de Cuiabá inicia peregrinação do ícone do Intereclesial, faz Via Sacra e debate Doutrina Social da Igreja

Gibran Lachowski, assessoria de comunicação/CEBs MT

As CEBs da Arquidiocese de Cuiabá-Mato Grosso, Regional Oeste 2, iniciaram a peregrinação do ícone do 15º Intereclesial, encontro que vai ocorrer em Rondonópolis em julho de 2023. A recepção do símbolo aconteceu no sábado, dia 09, na Reunião Ampliada das CEBs, no município de Jangada, a cerca de 75 km de Cuiabá. O ícone é feito de madeira e composto por uma cruz que, em sua base, tem uma Bíblia.

A reunião teve início na sexta-feira, dia 08, nas dependências da Escola Estadual Professor Arlindo de Souza Bruno, e também contou com Via Sacra sobre o tema da Campanha da Fraternidade (CF), debate relativo à Doutrina Social da Igreja (DSI) e encaminhamentos das CEBs da Arquidiocese.  

Participaram da reunião lideranças que atuam em comunidades das paróquias Coração Imaculado de Maria, Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, Nossa Senhora Aparecida/Coxipó, Divino Espírito Santo, Sagrada Família e Medalha Milagrosa (Cuiabá), Nossa Senhora das Graças (Várzea Grande) e Nossa Senhora Aparecida (Jangada).

Via Sacra

A Via Sacra ocorreu na sexta-feira à noite e trouxe uma reflexão sobre o tema da CF 2022: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Provérbios 31, 26). As estações foram percorridas pelas ruas do bairro Altos da Jangada, principalmente na Cohab Sinobelino Machado. Moradoras e moradores montaram altares em frente às suas casas com velas e imagens principalmente de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira da cidade.

Foram cerca de duas horas de muita devoção, leitura do roteiro da CF, cantos e reflexão sobre Educação e Fraternidade e sobre a situação social da cidade, do estado e do país. Ao todo, entre lideranças da Ampliada, moradoras e moradores de Jangada, ao menos cem pessoas participaram da Via Sacra.

Peregrinação do ícone pelas comunidades

A acolhida do ícone do 15º Intereclesial aconteceu no sábado pela manhã, em dois momentos. Primeiro, na mística inicial, quando as/os participantes celebraram a vida plena, ressaltando a importância do respeito à natureza e à humanidade. Depois o símbolo foi apresentado ao padre Luiz Augusto Guimarães, que é pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Jangada. “Ficamos muito alegres com este acontecimento e estamos à disposição para contribuir com esta caminhada”, disse o padre.

Agora, as CEBs em comunhão com a paróquia, vão percorrer as comunidades urbanas e rurais de Jangada apresentando o ícone e falando do Intereclesial. Isso vai ocorrer até o dia 07 de maio, quando o símbolo será levado para Cuiabá para iniciar a peregrinação pelas comunidades da capital do estado.

O tema do 15º Intereclesial é “CEBs: Igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas” e o lema, “Vejam! Eu vou criar novo céu e uma nova terra…” (Isaías 65,17ss).

A reunião ampliada também foi embalada por canções feitas por artistas da caminhada. Uma delas foi o hino do 15º Intereclesial, de Pedro Aguiar, mais conhecido por Pedrinho. Uma outra foi “Vou criar novo céu e nova terra”, de Pedro Nery, também referente ao Intereclesial. Pedrinho e Pedro Nery são artistas da caminhada da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga e moram em Rondonópolis.

“As músicas são muito bonitas e conscientizam sobre a nossa realidade. E é muito importante valorizar os nossos artistas da caminhada”, destacou Antonia Marcel, a Toninha, assessora das CEBs da Arquidiocese de Cuiabá.

Doutrina Social da Igreja e encaminhamentos

No sábado pela manhã e à tarde houve diálogo sobre a Doutrina Social da Igreja (DSI) com o padre Paulo da Rocha, que atua em Cuiabá, na Catedral. “A DSI se fundamenta na Bíblia, em documentos da Igreja e na participação do povo de Deus na sociedade. Nossa maior orientação é a vida de Jesus, que optou preferencialmente pelos pobres”, disse.

Os princípios da DSI são bem comum, distribuição de bens, subsidiariedade (maior auxílio a quem precisa de mais ajuda), participação democrática, solidariedade e caridade.

O debate sobre DSI também abriu espaço para representantes de Pastorais Sociais. Pelo Centro de Pastoral para Migrantes (CPM), o padre Valdecir Molinari destacou que “Cada comunidade, paróquia, equipe de serviço tem que assumir a responsabilidade de acolher e auxiliar o povo migrante, pois este é um trabalho de toda cristã e todo cristão”. O CPM ajuda pessoas de outros estados e países a partir de diversas ações, como regularização de documentos, encaminhamento para cursos de formação e empregos, e há alguns meses montou uma padaria para auxiliar na geração de renda.

A coordenadora da Pastoral da Criança da Arquidiocese de Cuiabá, Euripia de Faria Silva, explicou a forma de atendimento às crianças, principalmente de baixa renda, e o contato direto com órgãos públicos da Saúde.
“Nosso trabalho voluntário se baseia no ato de escutar as famílias, dar orientações de prevenção de saúde e apoio espiritual. E sempre estamos precisando de mais agentes de pastoral”, disse.

A Pastoral do Idoso também valoriza a escuta e o contato presencial com o público atendido, mediante visitas autorizadas pelas/pelos familiares. “Nosso trabalho refere-se aos cuidados com a saúde da pessoa idosa e a importância de se ter paciência com ela, seja pela questão da idade ou por uma fragilidade física ou emocional”, informou Gonçalina Romana de Souza, coordenadora da Pastoral do Idoso da Arquidiocese de Cuiabá.

Encaminhamentos

A Ampliada das CEBs definiu por concentrar esforços na participação da Romaria das Trabalhadoras e Trabalhadores no dia 1º de Maio, em Cuiabá. E por promover ações de acolhida quanto à chegada do novo arcebispo da Arquidiocese de Cuiabá, dom Mário Antônio da Silva, cuja posse será na mesma data.

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