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Ampliada das CEBs do Brasil define manifestações em defesa da democracia

Ampliada das CEBs do Brasil define manifestações em defesa da democracia

Por Julio Ferreira, da assessoria de comunicação das CEBs

14° Intereclesial das CEBs
Tema: CEBs e os Desafios do Mundo Urbano
Lema: “Eu vi…, eu ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-los”. (Ex 3,7)
23 a 27 de janeiro de 2018, Londrina-PR

 

Qual o posicionamento político das CEBs diante do momento atual, no qual o golpe que se instalou no país vem passando por cima das pessoas e comunidades como um rolo compressor? Essa foi a tônica de uma das pautas da reunião da ampliada do 14º Intereclesial das CEBs, na manhã de segunda-feira (21).

Ficou definido que pela manhã, na abertura das atividades da quarta-feira (24) no ginásio Moringão, em Londrina, haja um momento de silêncio, em defesa da democracia, e por volta do meio-dia, antes do almoço, uma manifestação pública.

Para Maria Luíza, da diocese de Miracema do Tocantins, o que está em jogo é a  soberania do país. “Precisamos tomar uma posição, pois o anúncio e a denúncia fazem parte da nossa essência. A nossa fala tem que ser uma fala profética, assumindo o espírito dos mártires e profetas da caminhada”.

Devemos ver este momento não somente como sendo o impedimento de um político ser candidato a presidente, mas com uma leitura bem maior das implicações que a decisão do dia 24 (quarta) pelo TRF-4 pode acarretar. Na opinião de Benedito Ferraro, assessor intercontinental das CEBs, “a cidadania do Reino nos credencia a tomar uma posição”.

“É certo que a ditadura está instalada”, disse José Macário, de Goiânia. E acrescentou: “como Igreja viva temos que mostrar nossa cara. A Igreja – CEBs do Brasil tem que ir pra rua”. “Temos que nos manifestar, levantar nossas bandeiras: saúde, educação, moradia… direitos que estão sendo retirados”, afirmou Marilde Zanta, de Porto Velho. “O tipo de Igreja que somos é que deve estar claro. Somos Igreja da libertação’, enfatizou Adriano Van de Ven, da Sociedade das Divinas Vocações.

A reflexão das CEBs está em sintonia com a nota da CNBB (de 27 de outubro de 2017) sobre o momento atual político, que diz: “Incentivamos a população a ser protagonista das mudanças de que o Brasil precisa, manifestando-se, de forma pacífica, sempre que seus direitos e conquistas forem ameaçados”.

“Atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na vossa capacidade de vos organizar e promover alternativas criativas na busca diária dos três “T” – entendido? – (trabalho, teto, terra), e também na vossa participação como protagonistas  nos grandes processos de mudança, mudanças nacionais, mudanças regionais e mudanças mundiais. Não se acanhem!”. Esse é o incentivo do Papa Francisco durante encontro com os movimentos sociais.

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