Shadow

CEBS DO MT PARTICIPAM DO GRITO DOS EXCLUÍDOS E DAS EXCLUÍDAS

Por Marilza Schuina, articulação do Grito em MT.

A 27ª edição do Grito dos/as Excluídos/as, aconteceu em centenas de cidades pelo Brasil afora em defesa da vida, pelo “Fora Bolsonaro”, “por participação popular, saúde comida, moradia, trabalho e renda já”.

Diante da conjuntura política, social e econômica do país e com a luta dos movimentos sociais e populares, sindicatos, mandatos, partidos, pastorais e Igrejas, além da crise sóciossanitária imposta pela Covid-19, o Grito trouxe para as ruas reivindicações históricas, além do direito à saúde pública de qualidade e a valorização do SUS, à moradia, à alimentação, ao trabalho, à liberdade de expressão e democracia, a defesa do “Estado Democrático de Direito” e de fato.

A população foi conclamada a dar um basta ao governo genocida que acumula mortes, promove a destruição do meio ambiente e a investida contra os povos indígenas e quilombolas, ameaça à soberania e à democracia.

No Mato Grosso, as Comunidades Eclesiais de Base fizeram parte deste processo de construção e de realização, pois o tema e lema do Grito trazem a defesa de princípios primordiais para todo cristão e cristã, que é a defesa incondicional da vida e, da vida digna para todos e todas.

O grito da população em situação de rua e em situação de vulnerabilidade veio com a realização do café da manhã e roda de conversa em Barra do Garças; o grito por moradia digna vem do acampamento dos sem tetos, em Várzea Grande (são 32 famílias, e entre os acampados, 61 crianças), onde foi realizada uma roda de conversa e distribuição de cestas básicas, pois, neste caso, além do direito à moradia, é gritante também, o grito por comida, por atenção do poder público. Gislaine, moradora do acampamento, é mãe de três filhos e já tem 09 anos inscrita no programa de habitação do município, e mesmo estando dentro dos critérios estabelecidos, a casa não

A “marmita solidária”, em Cuiabá, distribuiu cerca de 300 marmitas nas praças do Porto, Ipiranga e Jardim Eldorado. Seu Zé, assim vou chamá-lo, morador na praça, assim vai dizer: “Graças a Deus”! Esta foi a sua expressão, enquanto recebia sua marmita e sentava para comer. Cantar “Pão em todas as mesas” é até bonito. Mais bonito será o dia em que todos e todas terão a comida na mesa e, nesse dia, a Eucaristia será plena.

No ato inter-religioso, político e cultural, realizado em Cuiabá, destaca-se a forte presença da juventude e da militância permanente daqueles e daquelas que sempre estiveram na luta, nestes 27 anos de realização do Grito, como guardiões da esperança, da resistência.  

E lá estavam os representantes do “Movimento de Rua”, “juntos por um país verdadeiramente independente, sem genocídio da população pobre, negra e indígena, com justiça social e oportunidades para que o nosso povo volte a sonhar e ter orgulho de ser brasileiro” e brasileira. Em outras regiões do Estado, tivemos manifestações, como em Tangará da Serra, com realização de panfletagem e caminhada em Rondonópolis.

Outro grito importante, aconteceu em 04 de setembro, o grito dos pantaneiros e das pantaneiras, na defesa das águas, do Rio Paraguai, contra os projetos de PCHs e hidrovias. Nesse ato, a força dos comitês populares das águas dos rios da bacia do pantanal mato-grossense, que sofre em consequência dos desmatamentos, das queimadas, do agronegócio.

É fim de tarde, o sol vermelho de Cuiabá se põe, como a indicar no horizonte que a esperança está na “fé e pé na caminhada”. Juntos somos mais. Em 2022, vamos esperançar nas urnas, para que nosso sonho de saúde, comida, moradia, trabalho e renda já se torne uma realidade, de fato.

1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.