Respiro saudável nos quadros da Igreja Católica,
que às vezes tende à asfixia do luxo, da pompa e do poder,
buscando recursos e apoio nos ricos e poderosos;
Oxigênio primaveril na história da Igreja Católica,
que às vezes se afunda em outonos ou invernos sombrios,
deixando sem luz e sem saída as “ovelhas” do rebanho;
Sangue novo e vivo no pulso da Igreja Católica,
que às vezes sofre de hemorragia crônica e precoce,
permintindo o abandono de fiéis e forças dinâmicas;
Rejuvenescimento no interior da Igreja Católica,
que às vezes transforma a Boa Nova de Jesus
num velho e pesado fardo para os pobres e pecadores;
Ações pontuais e simbólicas na política da Igreja Católica,
que às vezes põe o acento no verbo, na lei e na doutrina
esquecendo que os gestos podem valer uma Encíclica;
Palavras simples e profundas na linguagem da Igreja Católica
que às vezes se prende à filosofia, à teologia e a outras “ias”,
quando são as parábolas que penetram o coração e a alma do povo;
Amor, perdão e misericória na pastoral da Igreja Católica,
que às vezes sublinha o julgamento e a punição,
afastando-se do olhar compassivo de Jesus de Nazaré;
Solecitude com a periferia na opção da Igreja Católica,
que às vezes privilegia o centro, os tronos e os palácios,
bem sabendo que o Deus Menino nasceu na gruta de Belém;
Missionariedade evangélica nas atividades da Igreja Católica,
que às vezes se estabelece em confortáveis fortalezas,
sem se dar conta que Jesus, profeta itinerante da Galileia,
“percorria aldeias e povoados” ao encontro das “multidões
cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”;
Atenção aos pequenos nas visitas e contatos da Igreja Católica,
que às vezes deixa do lado de fora os últimos e excluídos,
aos quais o Mestre abriu por primeiro o Reino de Deus.
Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs – Roma, 3 de outubro de 2017
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