Respiro saudável nos quadros da Igreja Católica,

que às vezes tende à asfixia do luxo, da pompa e do poder,

buscando recursos e apoio nos ricos e poderosos;

Imagem de: https://www.cartacapital.com.br/revista/855/o-papa-verde-9648.html/sao-francisco-de-assis Acessado em 03/10/2017

Oxigênio primaveril na história da Igreja Católica,

que às vezes se afunda em outonos ou invernos sombrios,

deixando sem luz e sem saída as “ovelhas” do rebanho;

 

Sangue novo e vivo no pulso da Igreja Católica,

que às vezes sofre de hemorragia crônica e precoce,

permintindo o abandono de fiéis e forças dinâmicas;

 

Rejuvenescimento no interior da Igreja Católica,

que às vezes transforma a Boa Nova de Jesus

num velho e pesado fardo para os pobres e pecadores;

 

Ações pontuais e simbólicas na política da Igreja Católica,

que às vezes põe o acento no verbo, na lei e na doutrina

esquecendo que os gestos podem valer uma Encíclica;

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Palavras simples e profundas na linguagem da Igreja Católica

que às vezes se prende à filosofia, à teologia e a outras “ias”,

quando são as parábolas que penetram o coração e a alma do povo;

 

Amor, perdão e misericória na pastoral da Igreja Católica,

que às vezes sublinha o julgamento e a punição,

afastando-se do olhar compassivo de Jesus de Nazaré;

 

Solecitude com a periferia na opção da Igreja Católica,

que às vezes privilegia o centro, os tronos e os palácios,

bem sabendo que o Deus Menino nasceu na gruta de Belém;

 

Missionariedade evangélica nas atividades da Igreja Católica,

que às vezes se estabelece em confortáveis fortalezas,

sem se dar conta que Jesus, profeta itinerante da Galileia,

“percorria aldeias e povoados” ao encontro das “multidões

cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”;

 

Atenção aos pequenos nas visitas e contatos da Igreja Católica,

que às vezes deixa do lado de fora os últimos e excluídos,

aos quais o Mestre abriu por primeiro o Reino de Deus.

 

Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs – Roma, 3 de outubro de 2017