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Igreja missionária é tema de curso em Rondonópolis (MT)

Texto: Osmar Nascimento (com Editoria). Fotos: Grazieli Sousa

A “ Igreja missionária em saída” foi tema de um curso de formação para Animadoras e Animadores de Comunidades e Pastorais em Rondonópolis (MT). A atividade ocorreu no sábado (dia 05), na matriz da paróquia São João Batista, bairro Jardim Universitário, diocese de Rondonópolis-Guiratinga, Regional Oeste 2.

O curso contou com a participação e presença de lideranças paroquiais e integrantes da equipe diocesana das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Galeria de fotos abaixo do texto.

A igreja missionária em saída é o que o papa Francisco nos pede. Afinal, não podemos ficar presos no templo. Temos que sair em direção ao povo, às periferias físicas e existenciais.

O tema foi abordado pela professora universitária Laci Maria Araújo Alves e pelo articulador regional das CEBs, Rinaldo Meira. Também houve colaboração do pároco, padre Erondi Tamandaré Pereira.

 

A igreja missionária em saída é o que o papa Francisco nos pede

 

De início, o padre Erondi acentuou que os radicalismos políticos abrem brechas e desestruturam a própria igreja, que se define em serviços, movimentos, pastorais, organismos, entre outros.

Não se pode esquecer que eclesial é a igreja, é o povo unido em Jesus Cristo, e que precisamos nos entender para entender a própria igreja. Porque CEBs são a estrutura da própria igreja, que age pelo amor e comprometimento da cristã e do cristão, com a construção do Reino de Deus.

É bom lembrar que as CEBs não são um movimento, mas, sim, um “jeito de ser igreja”, baseada num Jesus Cristo histórico, que denunciou as estruturas de poder de sua época e ficou ao lado dos pobres e marginalizados.

 

História das CEBs

Houve apresentação de quem estava participando, dinâmica de envolvimento e falas de esclarecimento sobre o que são as CEBs, como e em que época surgiram.

Rinaldo explica história e identidade das CEBs.

Laci e Rinaldo disseram que as CEBs surgiram inspiradas pelo Concílio Vaticano II (1962-1965). É que a igreja católica percebeu a necessidade das fiéis e dos fiéis estarem mais próximos da vida religiosa e social. E que a Comunidade era um espaço criado por Deus, para o encontro de irmãs e irmãos sob a Luz da Palavra e alimentados pela Eucaristia.

Foi nesse momento que, principalmente no Brasil, vários grupos começaram a se organizar na zona rural e nas periferias da cidade, fortalecendo a atuação de leigas e leigos na igreja e na sociedade. As CEBs foram importantes nesta época por se posicionarem contra a ditadura militar e se engajarem em questões sociais, como creches, moradia e saúde para o povo.

Aprendemos que a Comunidade Eclesial de Base é o rosto do povo presente na igreja, e aglomera grupos, movimentos e pastorais. Por isso deve estar organizada para servir de acordo com o dom recebido no Batismo, colaborando com nossos pastores. Pois toda cristã batizada e todo cristão batizado está apto a ser Sacerdote, Profeta e Rei, e pode atuar dando o melhor na Evangelização.

Assim, é importante estar informado sobre os assuntos da Comunidade e buscar formação permanente, com base nos documentos da igreja, para não entrar em conflitos desnecessários e melhor compreender os direcionamentos do papa Francisco.

 

Sínodo, símbolo de união

Buscamos ser uma igreja em movimento, servidora, que caminha, chora, sorri e colhe os frutos em comunhão. Hoje, especialmente em sintonia com o Sínodo da Pan-Amazônia, é importante trabalharmos pela união pastoral da igreja.

Atividade em roda é marca conhecida das CEBs.

O Sínodo começou neste domingo (6) em Roma, mas desde 2017 vem ocorrendo através de reuniões com povos indígenas, ribeirinhas/os e tantos outros grupos sociais. Em todo esse processo as CEBs foram muito importantes, na mobilização, organização e conscientização.

Agora, o Sínodo entrou em sua fase final, que corresponde ao encontro do papa com bispos do Brasil, Venezuela, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana Inglesa e Suriname. O objetivo é refletir sobre a presença da igreja na Pan-Amazônia, em parceria e aprendizado com as moradores e moradores da região. Entenda melhor o que é o Sínodo clicando aqui.

 

Intereclesial das CEBs em MT

Em 2022, a diocese de Rondonópolis-Guiratinga vai acolher o 15º Intereclesial das CEBs. Para isso, já conta com uma estrutura humana composta por integrantes: dos municípios da diocese; do Regional Oeste 2 (Mato Grosso); e da Ampliada Nacional das CEBs, que envolve lideranças de todo o Brasil.

Encontro foi participativo.

Desde já esperamos contar com apoio desta e de todas as paróquias da nossa diocese. Queremos vivenciar esse processo como um momento rico de comunhão, participação, partilha e animação de nossas Comunidades.

Que Nossa Senhora de Nazaré continue intercedendo por nós e que a Santíssima Trindade nos fortaleça com suas bênçãos!

Amém! Axé! Awire! Aleluia!

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