Pela primeira vez, neste ano de 2022, no dia 19 de fevereiro, a Colegiada das CEBs do Regional Sul 1 reuniu-se de maneira virtual, com a presença dos representantes das diversas Sub-Regiões Pastorais e do bispo Dom José Benedito.
Após a oração inicial, tivemos um aprofundamento sobre o tema do “Sínodo sobre a Sinodalidade e a Articulação das CEBs”, que se estendeu em todo o período da manhã, assessorado por Marilza Schuina, do GT de Formação da Ampliada Nacional e Secretariado para o 15º Intereclesial das CEBs do Brasil.
Marilza iniciou dizendo que estamos na comemoração dos 70 anos da CNBB. Isso traz uma reflexão de como estabelecemos relações e conexões enquanto organismos eclesiais. Enfatizou que a sinodalidade está na origem das primeiras comunidades cristãs. Discutir a sinodalidade é mais que discutir se a mulher será ordenada ou não. É discutir as relações como igreja povo, a diversidade de ministérios, a maneira de ser Igreja. Lembrou que os primeiros cristãos eram aqueles que caminhavam juntos a serviço do Reino. Era essa a forma de ser Igreja. Com o passar do tempo, esse jeito foi esquecido. O Papa Francisco tenta recuperar isso, numa tentativa de superar o clericalismo dos padres e dos leigos, o grande mal na vida da Igreja. Para o papa, o caminho é melhorar a participação do povo de Deus. Um exemplo disso foi o Sínodo para a Amazônia, no qual houve uma inserção dos povos eclesiais locais para discutir sobre a eclesiologia e o cuidado da casa comum. 50% eram bispos; os outros 50% eram leigos, leigas, padres, religiosos, mulheres indígenas. Esse Sínodo gerou a criação da CEAMA – Conferência Episcopal da Amazônia. Outro exemplo foi a 1ª Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe, que proporcionou um processo de escuta superando o que vinha acontecendo como Igreja na AL e Caribe. A experiência da sinodalidade não se esgota dentro da Igreja, mas a faz escutar os sindicatos, movimentos sociais, as outras igrejas, todo o povo de Deus. É a retomada do povo de Deus na Eclesiologia do papa Francisco, um povo escolhido, em missão, com esperança e a caminho.
Houve um momento de participação da assembleia, com afirmações e levantamento de questões relacionados com o tema, que enriqueceram muito o momento.
Marilza encerrou o momento apresentando os aspectos práticos do Sínodo sobre a Sinodalidade, enfatizando as 3 etapas: 1) Fase nas Igrejas particulares – 17/10/2021 a 25/07/2022; 2) Fase Continental – 09/2022 a 03/2023; 3) Fase da Igreja Universal – 10/2023.
Na período da tarde, foi tratado sobre assuntos internos da Colegiada. A reunião foi muito produtiva e expressiva, encerrando-se com a bênção do nosso bispo-referencial, Dom José Bendito.
Pedro Paulo Santos – Comunicação CEBs Sul 1