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Reflexão da Palavra | 2º Domingo do Advento – Ano A

Por: Quininha Fernades Pinto, regional L este 1

Leituras: Is 11,1-10 – Sl 71 – Rm 15, 4-9 – Mt 3,1-12

Neste 2º domingo do Advento, somos chamados à conversão, ao arrependimento e à mudança de rumo. Deus vem como portador de salvação para todos. O profeta Isaías nos fala de paz e reconciliação, apresentando uma relação inimaginável entre os animais domésticos e selvagens: “O lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito…”. E Mateus, na mesma linha, lembra que não há supremacia entre os “filhos de Abraão” – exaltando que diante da realidade do Reino não há privilégios de raça, etnias, religião… pois a vinda do Senhor é um juízo para o mundo. Como são atuais e cirúrgicas estas leituras para o momento que vivemos! A salvação significa romper todas as barreiras, sair de si para encontrar os outros, abrir-se para a revelação recíproca, perdoar-se e amar-se como pessoas humanas, como filhos e filhas de Deus. Não é uma utopia esperar e acreditar ser possível uma humanidade reconciliada, apesar das guerras e divisões atuais, das rixas ideológicas e políticas, dos desequilíbrios e discriminações… O Senhor vem para nos manter unidos e por isso pede aos seus amigos que colaborem para apressar a realização deste seu plano, deste sonho. Aceitar-nos reciprocamente é o convite que as leituras deste domingo nos fazem. Aparar as arestas que nos dividem, sem querer a supremacia da razão, muitas vezes usando Deus como escudo para as nossas atitudes orgulhosas e arrogantes. Os seguidores de Jesus – os verdadeiros! – devem pautar suas vidas pela busca da justiça, da ética e da equidade, pela via do diálogo, da legítima persuasão e da fraternidade que nos caracteriza. O equilíbrio e sã convivência devem nortear os relacionamentos familiares, sociais, profissionais, religiosos. Nosso encontro com os outros deve ultrapassar os estreitos limites da pura cortesia, da convivência social, da superficialidade. A fraternidade humana é uma relação “eu-tu” – Martin Buber – e para os cristãos o “tu” Outro é o “tu” divino pois somos todos imagem de Deus! Reafirmando, cada “tu/Outro” é imagem de Deus, e é meu irmão/irmã, queiramos ou não! Gostemos ou não! Em momentos tão polarizados como os que estamos vivendo, vale refletir e reconsiderar as nossas atitudes, pois, muitas vezes elas contradizem os nossos valores, e expressam nosso verdadeiro caráter e a pequenez da nossa fé! Que a preparação para a chegada do Nosso Menino passe pela mudança de atitudes, tenha sabor de conversão. Pensemos nisso. Bjs 😘 no coração ❤️

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