Por: Quininha Fernandes Pinto, regional Leste 1
Leituras: Est 5,1b-2;7,2b-3 – Sl 44 – Ap 12,1.5.13a.15-16a – Jo 2,1-11
O povo brasileiro tem Nossa Senhora Aparecida como sua mãe querida, intercessora junto a Jesus por nós, aquela que pode nos ajudar em qualquer situação e sobretudo a mulher-mãe que protege nossos filhos, pois passou por graves e sérios problemas com seu filho Jesus. Ela conhece nossas aflições, nossos medos, nossas inseguranças, nossas limitações e nossas carências. Ela sabe, e como sabe, o que significa hoje ser mãe! O que significa criar filhos para serem cidadãos, independentes, responsáveis, éticos, humanos… Nossa Senhora Aparecida – nome dado à Maria brasileira – “apareceu” de uma maneira singular, a pobres pescadores e com semblante negro. É a nossa Virgem Negra. Negra Mariama. Tinha que ser aqui… Ela tem o nosso rosto, o rosto deste povo.
Os nomes de Maria se multiplicaram pelo mundo a fora. Tomou rostos e linguagens diferenciadas de acordo com a cultura e a religiosidade dos diferentes povos. Mas é a mesma Maria, Nossa Senhora, Mãe de Jesus que veneramos e seguimos com confiança filial. E muito se faz para agradá-la! Temos sua imagem e fotos nas nossas casas; rezamos com frequência o terço/rosário a ela dedicados; a oração da Salve Rainha que a invoca como mãe de misericórdia e da Divina Misericórdia que é Jesus. Deslocamo-nos em romarias a santuários marianos espalhados pelo mundo. Enfim, Maria é muito amada pelo povo católico e respeitada pela maioria das denominações religiosas cristãs.
Hoje, quando celebramos o seu dia neste país profundamente religioso, queremos novamente reafirmar o nosso carinho, a nossa devoção e o nosso amor por ela! Queremos que ela saiba o quanto é amada na pessoa do seu Filho Jesus. Sim, porque para amar a mãe, temos que amar o Filho. Popularmente é conhecido o ditado “quem meu filho ama, minha boca adoça”. Com Maria não é diferente! Nas Bodas de Caná – cf. Jo 2, 1-11 – ela nos ensina como fazer para agradá-la: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Agradamos Maria quando fazemos o que o Filho nos solicita no seus ensinamentos. Não tem outro jeito! Todos os “agrados marianos” ditos anteriormente, só têm sentido se estiverem acompanhados de ações concretas que sinalizem e realizem o Reino instaurado por Jesus. Muitas expressões têm demonstrado a popular fé mariana: Maria Desatadora dos Nós, Maria das Causas Impossíveis, Maria da Divina Providência, Maria passa na frente… São maneiras de dizer da nossa fé em Nossa Senhora! Mas tomemos cuidado para que essa fé não seja uma fé passiva, acomodada, instalada num universo mágico de oração que entrega à Maria seus problemas, suas angústias, ficando na retaguarda pois Maria passa na frente e “abre os caminhos”, desata os nós, dá o seu jeitinho de mãe e o que esperamos acontece!!!!! Muito cuidado! Jesus já passou à frente: mostrou o caminho, percorreu-o até o final e bem sabemos qual foi.
Nesta solenidade, peçamos à Maria um pouco da sua força. Imitemos Maria que esteve ao lado do seu Filho até a morte. Que ela nos ampare, nos proteja, nos ilumine no árduo desafio de seguir Jesus, de fazer tudo o que Ele nos disser! Que ela não vá na frente, antes de nós, mas que ela caminhe ao nosso lado, dando-nos colo e amparando-nos; que ao invés de desatar os nós – não tenho tanta certeza se ela faz isso – que ela nos dê a conhecer quais são eles para lutarmos contra a sua força esmagadora e evitar as laçadas que o produzem; enfim, que Maria continue pedindo a Jesus que transforme água em vinho bom transformando-nos em seus discípulos, missionários sérios do Reino que Ele anunciou.
Que Nossa Senhora Aparecida – padroeira do Brasil – nos ajude a fazer “aparecer”, neste chão, a nossa brasilidade, o nosso orgulho cívico, o nosso patriotismo, a credibilidade na nossa justiça, a seriedade e a ética dos nossos políticos, a nossa cidadania respeitada. Obrigada Mãe! Bjs no seu coração
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