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Reflexão da Palavra | 5º Domingo da Quaresma – Ano A

Por: Quininha Fernandes Pinto, Cebs Regional Leste 1

Leituras: Ez 37,12-14 – Sl 129 – Rm 8,8-11 – Jo 11,1-45

O longo Evangelho deste domingo indica a realização perfeita da profecia de Ezequiel – 1ª leitura: “Ó meu povo, vou abrir as vossas sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel…”, quando narra a ressurreição de Lázaro. Os hebreus exilados se entregaram ao pessimismo, ao desânimo e o profeta anuncia um tempo de esperança na poderosa ação de Deus! Sim, Deus abrirá de novo os túmulos e reconduzirá Israel para sua terra e aquele dia será como uma nova criação.

O principal ponto da narrativa da Ressurreição de Lázaro – bastante conhecida – está nos vv 25 e 26: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais”. Jesus é, para nós, a ressurreição e a vida, em virtude da sua morte. Deste ponto de vista, o milagre da ressurreição de Lázaro – que depois tornará a morrer! – é o sinal de uma vida que não conhece mais a morte e que nasce em nós por meio da fé. Toda narrativa, como a do cego de nascença e também a do diálogo com a samaritana – dos dois domingos anteriores, tende a obter a fé em Jesus, que dá a vida eterna.

É extremamente atual a reflexão proposta para este domingo. Numa sociedade em que cresce o fermento da morte, pela proliferação da mentira, da fome, das maquinações assassinas, dos roubos, dos feminicídios, enfim… como entender esses contra-sensos? A morte, a grande e irresistível inimiga do ser humano, só é vencida por Cristo. Só Ele tem o poder de transformação ressuscitante destas realidades – através da nossa adesão ao seu projeto; ao seguimento discipular, vivendo “segundo o Espírito” – cf. 2ª leitura – que significa estar cheio de Graça, cheio de vida, graças à prática da justiça. O cristianismo, e o que ele preconiza, não é um mistério de tristeza e morte, mas de vida, alegria, certeza, esperança. Por isso cremos na vitória de toda a história sobre a morte, história que, na perspectiva cristã, não caminha para o caos final, mas para a ressurreição final. É a vitória da criatura sobre a morte; ela escapa à condenação na perspectiva dos céus novos e terra nova. Essa perspectiva dá à vida tranquilidade, serenidade interior, paz profunda, confiança e esperança. Visibilizamos isso e concretizamos essa esperança pelas nossas ações, pela vida dedicada à instauração da justiça e da paz. Chamamos isso de esperançar! Creiamos nisso!

 Amém.

Bjs no coração.

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