– Ano ALeituras: Is 35,1-6a.10 – Sl 145 – Tg 5,7-10 – Mt 11,2-1
Por: Quininha Fernandes Pinto, regional Leste 1
Celebramos hoje o 3º Domingo do Advento, o domingo da alegria. Os paramentos litúrgicos adquirem o tom róseo, quebrando a rigidez do roxo das demais semanas do Advento. A alegria é a sensação gostosa da volta à pátria, da recuperação da saúde, da chegada dos filhos que moram longe, da demonstração de afeto das pessoas queridas. A alegria do advento é fruto da percepção de Deus que salva. A alegria anunciada pelo profeta Isaías é que Deus vem, e 
Ele solicita que a terra inteira se alegre, pois seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus. Isaías ordena, imperativamente, que fortaleçamos as mãos enfraquecidas e firmemos os joelhos debilitados. Que digamos às pessoas deprimidas para criarem ânimo e perderem o medo! Quando isso acontecer, então serão abertos os olhos dos cegos, e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a linguagem dos mudos. No evangelho, Mateus nos apresenta um momento de desânimo, de obscuridade, de dúvida quando perguntam a João Batista: “És tu o que há de vir ou devemos esperar outro?” – e João responde aos seus interlocutores, exatamente os sinais descritos acima pelo profeta Isaías, que são motivo de alegria. 
A evocação da Palavra de Deus e dos seus sinais que acompanharão sua presença eficaz, bastam para restituir a confiança àquele povo…A pergunta feita a João Batista ainda é atual: saber se Jesus é realmente o Messias ou se devemos esperar outro? Que sinais podemos ver para garantir a certeza da sua presença? Tudo depende de que Messias se trata, que Messias esperamos. Para o Batista, Jesus realizava um tipo de messianismo diferente daquele que se esperava. E, no Evangelho, Jesus indica o caminho para uma resposta: confrontem as minhas obras, os meus sinais com as escrituras: eles são os mesmos. Ele realiza e atualiza a profecia de Isaías. Também hoje estamos à espera de sinais messiânicos para melhorar a nossa vida, a vida do nosso povo, do nosso país tão perdido e atônito pelos rumos políticos que nossa nação tomou. A leitura de Tiago é bastante sábia quando ele nos pede que tenhamos paciência, pois a vinda do Senhor está próxima. Esperemos que o juiz está às portas para julgar toda a iniquidade. Não se trata de uma paciência passiva, mas de uma paciência operante, baseada na certeza da justiça divina, de Deus, que é maior que a justiça humana. Lutemos pela verdade e pela transparência dos poderosos que lesam e roubam o povo, sobrecarregando sobremaneira os mais pobres, os pequenos, os que estão à margem. Tenhamos certeza que o Menino que vem será o juiz de todos e de cada um de nós. Deus quer vida para todos, quer o nosso bem, por isso esperemos que o Natal seja um momento propício e ímpar para que possamos experimentar já e aqui, no agora da história, o amor de Deus para conosco. Que seja assim! Eu acredito que será assim, por isso alegremo-nos.
Bjs 
no coração 