CRACOLANDIZAÇÃO DA METRÓPOLE
Por Pe. Alfredo J, Gonçalves, CS
Foto: Luciney Martins
Não seria tamanho esdrúxulo afirmar que, como efeito direto ou indireto da pandemia, a capital paulista vem se cracolandizando. Um rápido giro pelo centro velho e arredores basta para deixar essa impressão. É notório e bem visível o aumento da população em situação de rua, bem como o surgimento progressivo de minúsculas cabanas, onde indivíduos solitários, casais ou famílias inteiras passaram a habitar. Igualmente notórias são as filas que se vão formando durante o dia, tanto para a “quentinha” (marmita) quanto para a cesta básica, ambas distribuídas por igrejas, entidades, organizações não governamentais. Uma série de praças e calçadas se converteram em dormitórios improvisados e, não raro, em banheiros. Devido ao frio dos últi...