Shadow

Reflexão da Palavra | 10° Domingo do Tempo Comum – Ano A

Leituras: Os 6,3-6 – Sl 49 – Rm 4,18-25 – Mt 9,9-13

Por: Quininha Fernandes Pinto, Cebs Regional Leste 1

As leituras deste domingo nos fazem refletir sobre a misericórdia de Deus e, consequentemente, abomina os que se acham justos, com atitudes moralistas, ares de autossuficiência e desprezo para com os mais pobres. Jesus assume uma atitude que congrega, dirige sua convocação especialmente às categorias eliminadas das assembleias judaicas do seu tempo, que excluíam pessoas pobres, estropiados, cegos e coxos, publicanos e pecadores, a fim de irem para sua casa – cf. Lc 14,21.23. Esta abertura de Cristo a toda a humanidade pecadora, no desejo de levar todos à salvação, encontra resistência e suscita escândalo ainda hoje. Também encontramos uma tendência ao fechamento em pequenos guetos/grupos religiosamente fervorosos que consideram ou desejam uma Igreja feita de “puros”, elite santa, capaz de julgarem os outros e até afastá-los do convívio sacramental. O critério que estabelece essas divisões é somente exterior, à pertença sociológica, isto é, a identificação da vida de fé com o culto, a prática, a observância. Essa atitude tem sua raiz numa mentalidade farisaica, que Jesus veementemente repeliu. Isso muita vezes se reflete hoje numa prática pastoral muito exigente, sobretudo na administração dos sacramentos, pronta a negar com muita facilidade quando aqueles que os solicitam não estão em consonância com os rubricismos/exigências legais, nada cristãos. O legalismo supera o amor e a misericórdia. O rigor da lei é mais forte que o amor! O Papa Francisco na “Amoris Laetitia” exorta, com firmeza e ternura, aos nossos pastores, que tenham uma atenção especial para os casos de famílias, casais, crianças que se encontram em situações de vulnerabilidade, casos especiais que fogem às orientações da Igreja, mas que cabem no colo misericordioso de Jesus e de seu Pai.

Na 1ª leitura deste domingo, Oseias crítica as nossas formas de amar: “O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz” – em outras palavras: nosso amor é volúvel; o profeta crítica a inconstância do amor, que se adapta aos interesses e às formalidades religiosas. No Novo Testamento, Jesus vai nessa mesma linha de raciocínio e conclui: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”! Que bom! Veio para mim, que me reconheço pecadora e necessitada do seu colo e do seu perdão! Amém!

Bjs 😘no coração ❤️

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.