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18ª Romaria da Santa Cruz do Deserto – Ceará

18ª Romaria da Santa Cruz do Deserto no Caldeirão acontecerá próximo domingo

Autor: Jornalista Patrícia Silva
Fonte: http://diocesedecrato.org/noticiasdiocese/18a-romaria-da-santa-cruz-do-deserto-no-caldeirao-acontecera-proximo-domingo/
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Igreja Santo Inácio de Loyola = Foto: Rozelia Costa
Próximo domingo, dia 17 de setembro, os movimentos sociais da diocese de Crato realizarão a 18ª Romaria da Santa Cruz do Deserto no Caldeirão do Beato José Lourenço. O evento traz como tema “Cultivar e guardar a natureza” (Gn 2,15) e terá inicio às 7h com a acolhida, seguida da missa às 8h presidida por dom Gilberto Pastana e, às 10h, apresentações culturais.

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Foto: Rozelia Costa

Como gesto concreto os participantes plantarão árvores testemunhando a necessidade de cultivo da criação.

Lei a reflexão que o padre Vileci Basílio Vidal, coordenador diocesano de Pastoral, fez sobre este momento:

 

18ª Romaria da Santa Cruz do Deserto no Caldeirão

Tema: “Cultivar e guardar a natureza” (Gn 2,15)

Deus ao criar o homem colocou-o no paraíso e lhe deu pleno puderes para cultivar e guardar a natureza. Esse é um dos primeiros textos que fala de sustentabilidade na bíblia e que ilumina as comunidades de base a construir diferentes formas de organização da produção familiar não gerada diretamente pelo capital, mas pela matriz da racionalidade ambiental nas unidades camponesas, na construção de um novo modelo de produção camponesa de desenvolvimento local e sustentável, assim como foi o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto liderado pelo beato José Lourenço, onde se consolida uma proposta do bem viver e do bem conviver.

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O bem viver é um sistema de vida viável que contrapõe ao capitalismo, ou seja, é um sistema alternativo ao modelo capitalista. A proposta do bem viver e bem conviver prima por viver em comunidade, viver em harmonia com as pessoas e com a natureza, compartilhando e trabalhando.

Desta forma, o Caldeirão vai se reafirmando em todo o território do Cariri com a ajuda dos movimentos sociais na luta pela convivência com o semiárido. Pois, o Caldeirão é compreendido como o lugar que deu fim a miséria dos flagelados da seca de 1932, onde meninos e idosos podiam circular sem medo e onde a fartura alimentava o corpo e a alma, fazendo prosperar o bem viver e bem conviver, convertendo os famintos em fartos. Tudo isso faz acreditar que esta terra é sagrada: lá mataram os símbolos de resistência, mas a Santa Cruz do Deserto ainda continua de pé em frente a capela.

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E as CEBs da diocese de Crato celebram sempre em setembro no Caldeirão, o dia da Santa Cruz que no calendário da Igreja é no dia 14. A romaria da Santa Cruz do Deserto alimenta a esperança de que o Caldeirão não morreu e nem morrerá porque há muita resistência no sertão. A história do Caldeirão abre caminhos para um desenvolvimento local e sustentável que ajuda a cultivar e guardar a criação como dom de Deus. Caldeirão deve ser reconhecido em breve como Geossítio e área de preservação ambiental permanente.

 

Pe. Vileci Basílio Vidal

Coordenador diocesano de pastoral

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