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3° Domingo do Advento – Ano C

Leituras: Sf 3,14-18a – Sl (Is 12) – Fl 4,4-7 – Lc 3,10-18Vigilância e conversão foram as palavras de ordem dos domingos anteriores. Hoje a liturgia nos convida à alegria. O país estava vivendo uma grande miséria moral, mas o profeta Sofonias proclama a sua mensagem e anuncia catástrofes, das quais só escapará um “pequeno resto”. Mas também anuncia dias melhores para Jerusalém. A realidade histórica nos lembra momentos difíceis e, ao mesmo tempo, reacende a esperança, anunciando a presença de Deus…

A proximidade do Senhor é uma presença na vida cristã de cada dia, até a parusia = a Sua vinda definitiva. Por isso somos chamados na fé a viver na tranquilidade, na paz e na alegria. Isto nos dizem as leituras deste domingo, mas como isso é possível? Vivemos tempos difíceis; uma nova cepa do Covid alastra-se pelo mundo, e ainda que tenha possibilidades reais de ser mais branda, e parece sê-lo, nãos nos refizemos dos danos causados pelas cepas anteriores. As consequências psíquicas, econômicas, morais, sociopolíticas, éticas ainda estão batendo às nossas portas, insistentemente. E a Liturgia nos pede alegria: “Canta de alegria… rejubila, povo de Israel!… Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo! O Senhor, teu Deus, está no meio de ti…”. É um apelo convincente, é um chamado à alegria como consequência da presença de Deus entre nós, e é isso que celebramos no Natal, a presença real e humana de um menino-gente, um menino-gente-Deus que, por isso, sabe das nossas dores, dos nossos limites e das nossas necessidades, um menino-Deus-irmão! O fato de termos no céu um Pai comum, que nos ama e com quem podemos contar e encontrar, não pode deixar de ser uma fonte de alegria para os cristãos, alegria que deve ser comunicada, dividida também com os irmãos. Portanto, alegremo-nos, apesar de tudo… confiemos e ecreditemos que tudo vai melhorar. O ser humano, por natureza, é uma criatura que não só trabalha e pensa, mas canta, dança, reza, dialoga, celebra. Festividade e fantasia, juntamente, permite ao ser humano, experimentar o presente de modo mais rico, alegre e criativo.

O ser humano possui uma característica que lhe é própria e peculiar, é um ser transcendente, que se supera e surpreende, afinal somos frutos, temos em nós o sonho de Deus, que nos criou à imagem do Filho. A alegria é uma rede de amor com a qual se pode chegar ao coração do Outro, infundir-lhe esperança, coragem e resistência. Alegremo-nos, Ele está próximo, Ele já vem, podemos escutar e ver os seus sinais. Amém e amem! Bjs no coração.

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