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Ano do Laicato e as Comunidades Eclesiais de Base. Pe Nelito Dornelas e Magda Melo

Como Igreja, povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil, aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão e testemunhar Jesus Cristo e seu reino na sociedade.

Com o tema: Cristãos leigos e leigas sujeitos na “Igreja em saída” a serviço do Reino e o lema: Sal da terra e luz do mundo, a Igreja no Brasil lança no dia 26 de novembro de 2017, na festa de Cristo Rei do Universo, o ano do laicato que vai até a festa de Cristo Rei do ano de 2018.

O objetivo geral deste ano do laicato é:

Como Igreja, povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil, aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão e testemunhar Jesus Cristo e seu reino na sociedade.

Este ano do laicato nos faz refletir sobre vários aspectos de fundamental importância para a efetivação de nossa conversão pastoral e a construção de uma igreja, rede de comunidades, que seja verdadeiramente casa e escola de iniciação à vida cristã.

Celebramos os 50 anos do documento de Medellín (1968), quando a Igreja latino-americano e caribenha recebe em sua segunda conferência, as diretrizes de renovação eclesial promovida pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, em nossa realidade religiosa, espiritual, cultural, política, econômica e social e fez a opção preferencial e evangélica pelos pobres e pelas comunidades eclesiais de base.

Celebramos os 30 anos da Exortação Apostólica de João Paulo II  Christifideles Laici (1987) sobre a vocação e a missão dos leigos na Igreja e no mundo.

Celebração dos 10 anos do Documento de Aparecida (2007) que contém as diretrizes para a Igreja na América Latina e Caribe, como resultado da quinta conferência do episcopado deste continente. Aparecida estimulou para que os leigos sejam verdadeiros “sujeitos eclesiais” e sejam sal, luz e fermento na Igreja e na sociedade, dedicando o Capítulo oitavo do documento especificamente ao incentivo à inserção do cristão leigo e leiga no mundo para transformá-lo, através das pastorais sociais e da participação nos grupos da sociedade civil que se dedicam à promoção do bem comum.

Acolhemos o Documento 105 da CNBB (2016), Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, sal da terra e luz do mundo.

É a celebração de um conjunto de iniciativas do magistério da Igreja que vem se esforçando para traduzir na prática a renovação eclesial promovida e encorajada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

Desde o Concílio a Igreja tem procurado superar a situação de imobilismo na qual se encontravam os fiéis batizados, denominados de leigos, implantando a eclesiologia do povo de Deus, cujo fundamento é a tríplice missão de Jesus, da qual todos somos incorporados, a saber: sacerdotal, profética e régia, no sentido de governar e pastorear, corresponsabilizando-nos pela missão evangelizadora.

Todos os batizados, como um povo sacerdotal, são chamados a cuidar da dimensão litúrgica, eucarística, celebrativa e sacramental para se tornarem guardiãs da virtude teologal da Fé; como  povo profético é chamado a se alimentar da Palavra de Deus nos círculos bíblicos, nos grupos de reflexão, na leitura popular da Bíblia e na leitura orante para ser guardião da virtude teologal da Esperança; e como povo régio, pastor, é chamada a cuidar da comunidade, dos seus membros, acolhendo-os, curando suas feridas para ser guardião da virtude teologal da Caridade.

Esta é a Igreja toda ministerial e servidora querida por Jesus Cristo, a qual somos chamados a assumir neste ano dedicado aos cristãos leigos e leigas, fazendo-nos sal da terra e luz do mundo na Igreja e na sociedade.

Pe Nelito Dornelas e Magda Melo

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