“Espera “contra toda esperança”, no meio das decepções, na monotonia diária, apesar dos fracassos e contra as evidências do triunfo do mal.”
” Na alegria e na dor, no trabalho e na festa, na vida e na morte, vai se fazendo páscoa na páscoa.”
O que marca o testemunho do agente de Pastoral?
1. A lucidez crítica
a) Decodifica a realidade à luz da fé e por meio das mediações sociais, políticas e econômicas.
b) Estuda, avalia, é dialética.
c) Não se deixa enganar pelas aparências, nem pelas promessas, nem pelas esmolas.
d) Sabe ler a conjuntura local, continental e mundial e penetra na parte oculta das estruturas de dominação e alienação.
e) Caminha com os pés no chão da realidade, com o ouvido atento ao clamor dos pobres e aos sofismas dos ricos, com os olhos abertos aos processos da história e ao horizonte da utopia.
f) É lúcida e é luz.
2. A contemplação sobre a caminhada
a) Vive aberto ao mistério do Deus que é vida e amor
i) em sua Trindade, que é a melhor comunidade;
ii) na história, que também é seu reino;
iii) e no universo, que é também sua casa.
b) “Tropeça com Deus nos pobres”, professa-o na prática da justiça e da caridade e o celebra na oração pessoal, familiar e comunitária.
c) Caminha enamorado da esposa natureza; acompanha todos os caminhantes no diálogo intercultural e com a ternura da gratuidade; ama sua gente, sua terra e seu tempo com um coração ecumenicamente jovem.
d) Sonha, ri, canta, dança, vive.
e) Veste-se de símbolos e de ritos antigos e novos, conserva a memória subversiva e exerce a criatividade alternativa.
f) Cultiva a identidade étnico-cultural, a sensibilidade social e a historicidade política.
g) Tem como tela de televisão a mirada da consciência, a sabedoria da realidade e a revelação da Bíblia.
3. A liberdade dos pobres
a) Despojado de privilégios e de acumulação, e jogando sua sorte com a sorte dos pobres da terra, promove a civilização da pobreza humanizadora contra a civilização da riqueza desumana.
b) É pobre para ser livre e é livre para libertar.
c) Partilha da pobreza solidária e combate a pobreza injusta.
d) Da liberdade faz seu alento e sua canção, e da libertação seu combate e sua vitória.
e) É parcial como o Deus dos pobres, radical como o Jesus das bem-aventuranças, livre como o Espírito de Pentecostes.
4. A solidariedade fraterna
a) Faz da solidariedade o nome novo da paz, a nova práxis do amor e a nova dinâmica da política.
b) Acolhe, compartilha, serve.
c) Compadece, coindigna-se, comilita, concelebra.
d) Não discrimina nem pelo sexo, nem pela raça, nem pela crença, nem pela idade.
e) Porque sabe que é filho de Deus, procura ser irmão de todos.
f) Luta por fazer dos vários mundos um só mundo humano.
g) Promove a organização em todos os níveis, mas sem fanatismo, sem dogmatismo e sem proselitismos.
5. A cruz e a conflituosidade
a) Sabe que a existência é milícia, que o reino sofre violência e que na cruz está a vida.
b) Abraça a cruz salvadora de Cristo, mas destrói todas as cruzes opressoras.
c) Nunca foge da renúncia pelo reino, nem se esquece do domínio de si, nem se nega à convivência, ao trabalho, à libertação.
d) Assume as grandes causas sem medo da conflituosidade, apesar da perseguição e até a entrega do martírio.
6. A insurreição evangélica
a) Pela boa-nova do evangelho e na incansável construção da utopia, rebela-se contra os mecanismos do lucro e das armas, do consumismo e da dominação cultural, do fatalismo e da conivência.
b) É opção, militância, profecia.
c) Luta contra todos os ídolos da sociedade e da religião, em rebelde fidelidade a Deus e à humanidade.
d) Insurge-se constantemente, pela conversão pessoal, para a renovação comunitária e ecumênica da Igreja e para a revolução democrática da sociedade.
7. A teimosa esperança pascal
a) Espera “contra toda esperança”, no meio das decepções, na monotonia diária, apesar dos fracassos e contra as evidências do triunfo do mal.
b) Mantém a coerência das testemunhas fiéis, propaga a “perfeita alegria” dos utópicos e organiza a esperança dos pobres.
c) Na alegria e na dor, no trabalho e na festa, na vida e na morte, vai se fazendo páscoa na páscoa.
d) Avança na conquista da Terra Prometida, pelos caminhos da Pátria Grande, para a Pátria Maior.
Que bela reflexão…maravilhosa!
Texto profético e extraemamente Evangélico.
Muita lucidez e agudeza de espírito.
Que o Deus da PAZ desperte o coração dos seguidores de seu Filho JESUS,
.À UNIÃO E FIDELIDADE À VERDADE,!..
Ir jacinta bichling
A se todos nós vivemos assim o mundo seria bem melhor,pena que isso não acontece mais continuo acreditando que amanhã será melhor que hoje