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Fórum das Pastorais Sociais reflete sobre as necessárias mudanças estruturais no país.

“Diálogo em conjunto com os movimentos sociais, procurando construir um projeto de novo Brasil”

As coordenações nacionais das diferentes pastorais, organismos e o serviço da mobilidade humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, junto com as articulações das pastorais sociais de 15 dos 18 regionais em que está organizada a Igreja católica no Brasil, se reúnem   em Brasília no Fórum das Pastorais Sociais, de 31 de julho a 3 de agosto.

O objetivo do encontro é refletir sobre o serviço sociopolítico e eclesial, partilhar e avaliar a caminhada das pastorais sociais da Conferência Episcopal e das articulações de cada regional. O Documento “Considerações Éticas sobre Economia e Finanças” tem servido como ponto de referência para refletir sobre os desafios que vivem as pastorais sociais atualmente no Brasil.

Como reconhece Francisco Andrade Lima, Secretário Executivo do Regional Norte 1, Amazonas e Roraima, “o encontro tem sido um momento de muita partilha e reflexão, sendo momento oportuno para que as pastorais sociais organizadas no Brasil possam rever sua atuação e de que forma podem atuar dentro da realidade atual de nosso país”. Nesse sentido, podemos afirmar que o fórum tem servido para analisar a conjuntura atual do Brasil no campo político, cultural, socioeconômico e eclesial.

O bispo de Jales – SP, José Reginaldo Andrietta, encarregado da Pastoral Operária em nível nacional, que durante o Fórum fez uma análise da vida eclesial, à luz das diferentes situações que o mundo está vivendo hoje, destacava que “é  muito importante este foro, pois partindo dos desafios que a realidade nos apresenta, nós como pastorais sociais em nível nacional nos perguntamos qual é a incidência política dos serviços, das ações que nós realizamos e a importância de nos fazermos uma congruência de esforços, de iniciativas e de ações em favor de um projeto de sociedade no Brasil que estamos verdadeiramente necessitando”.

Para o bispo, um dos que com maior ênfase tem-se manifestado sobre a atual crise sociopolítica que o Brasil vive, “não é suficiente que façamos reformas no país, são  necessárias mudanças estruturais profundas, e me parece que as pastorais sociais vão tomando cada vez mais consciência dessa necessidade de agirmos de maneira comum, com princípios, critérios e um projeto comum também”. O bispo também insiste na necessidade de ir pensando na VI Semana Social Brasileira, que  deve ser aprovada na próxima assembleia do episcopado. Nesse sentido, ressalta a importância de “diálogo em conjunto com os movimentos sociais, procurando construir um projeto de novo Brasil”.

No encontro, a Secretária Executiva da Rede Eclesial Pan-Amazônica no Brasil (REPAM-Brasil), Ir. Irene Lopes, insistiu aos presentes que “o Sínodo da Amazônia é da Igreja, precisamos que todos participemos e sejamos corresponsáveis nas escutas e respostas ao questionário”. De fato, o Documento Preparatório já está sendo trabalhado em diferentes níveis, sendo um momento de extrema importância dentro do processo sinodal, sobre o qual o Papa Francisco insiste muito na necessidade de escutar os povos da Amazônia.

Por Luis Miguel Modino

Fotos Onivaldo Dyna

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