Companheiro de caminhada José Reis, da Diocese de Luz em Minas Gerais nos conta sua história de 40 anos nas CEBs

Não poderia permitir findar o ano, sem compartilhar com os irmãos de fé a minha História de caminhada nas CEBs.

                O DESPERTAR DE UMA CONSCIENCIA CRÍTICA

                Pelos Meados da década de 70, assume a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Formiga, o jovem Padre Dorvalino.

Causou-me certo impacto, no alvorecer da minha juventude, seu estilo profético de anunciar o Evangelho, denunciando cruamente, debaixo das barbas da ditadura, as injustiças sociais. Apontava para a existência de uma estrutura de pecado social montada na América Latina. Tinha na sua percepção o salário mínimo enquanto injustiça institucionalizada. Denunciava o desmatamento ilegal e daí por diante.

Preparou a Paróquia para a Conferência de Puebla. Aqui não tínhamos sequer conhecimento acerca da Conferência de Medellín, ocorrida havia dez anos, onde a Igreja fez opção preferencial pelos pobres, na América Latina.

Vem alinhar – se a esse profeta, uma profetisa, irmã canadense, tão querida e amada pelos jovens de então, a Genô, que há pouco tempo partiu para a eternidade. Primeiro pontapé na minha conversão pastoral.

1979 – Sou seminarista sacramentino em Manhumirim. Padre Paulo, nas aulas de OSPB, arranca a venda de nossos olhos. E faz – nos enxergar os arcabouços da injustiça engendrada em nosso País. Segundo empurrão na minha conversão pastoral.

1980 – Agora “noviço rebelde” em Uberaba, em outra Congregação Sacramentina. Tenho a graça do convívio com Dom Benedito e com as irmãs dominicanas. Já sou CEBs e fundo a Comunidade da Vila Alfen Paixão.

A história dessa comunidade vocês conhecerão na 2ª parte desse relato.