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São José Operário, rogai pelo povo brasileiro

A devoção aos santos não “caiu de moda” nem perdeu seu valor. Eles são modelos e intercessores junto de Deus, em nosso seguimento ao seu filho Jesus. Cada grande época de transição histórica teve os santos como protagonistas. Somente eles têm a força para irem “contra a corrente” e suportar os grandes traumas que estas mudanças comportam, pois trazem em si as marcas da reconciliação e da caridade que testemunham a vitalidade e a força invencível de Deus Pai-Mãe, até mesmo no mais duro sacrifício, na aparente falência. São José, patrono da Igreja Católica ainda tem muito a nos ensinar nesta travessia. Voltemos nosso olhar para São José, a personificação do Pai celeste. Nele há um equilíbrio no mistério de Deus que se revelou à humanidade. O Espírito Santo veio sobre Maria e fez morada nela. Em seu seio, por causa da presença do Espírito Santo, começou a se formar a santa humanidade do Filho do Pai. O Filho se encarnou em Jesus. E o Pai não ficou de fora desse processo. Ele é bem representado pela figura de José, porque o Pai é o mistério absoluto representado pelo silêncio (não fala, quem fala é o Filho), é o criador de todas as coisas. São José também é o homem do silêncio e o trabalhador. Não fala com a boca, mas pelas mãos que constroem a casa, os bancos, as janelas e os telhados. O Pai celestial é o que cuida de todo o universo e de cada um de nós, à semelhança de São José, que cuidou da família em tudo o que fosse necessário. São José comparece como a figura mais adequada para receber em sua vida a vinda do Pai que também veio morar conosco. Na Igreja de São Francisco Xavier, na pequena vila de Saint François du Lac, em Quebec, no Canadá, há um quadro de 1742 que representa são José com o mesmo rosto do Pai celeste que aparece no alto. Daí a conclusão de que São José é a personificação do Pai celeste. Assim temos a família divina encarnada na família humana. A totalidade do mistério da Santíssima Trindade entrou em nossa história e a santificou. São José é parte desta entrega total do Deus-família à família humana. Neste dia de São José operário, nós cristãos deveríamos refletir mais sobre essa conexão para nos sentirmos mais envolvidos pela presença divina e ficar sabendo que o nosso Deus é um Deus próximo e que se revelou assim como é, como Pai (em José) como Filho (em Jesus) e como Espírito Santo (em Maria). Que neste dia todos os nossos olhares se voltem para este pai bondoso, companheiro, fiel, amigo e protetor da Igreja, das famílias e dos trabalhadores e trabalhadoras.

 

Pe. Nelito Dornelas  

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