Texto: Maria Joaquina Fernandes Pinto (Quininha)
Fotos: Quininha, Renan Furtado e Eduardo Godinho


Representantes do Leste 1 das CEBs estiveram reunidos em Queimados – na Baixada Fluminense – para a realização do seminário “Espiritualidade da Resistência”, tema muito propício para o momento pelo qual passa o nosso país e, consequentemente, a nossa Igreja. A atividade ocorreu nos dias 31 de agosto de 1o de setembro.

Tivemos, na parte da manhã, o amigo sociólogo Jorge Alexandre como animador de uma análise de conjuntura bastante profunda e preocupante, que veio ao encontro das nossas angústias e preocupações. Ele abordou com propriedade três aspectos da conjuntura atual: a questão ambiental – e seus desdobramentos –, a disputa geopolítica – com os peculiares aspectos intercontinentais – e o ultraliberalismo, com suas desastrosas consequências socioeclesiais.
Na parte da tarde o amigo Tobias adentrou o nosso tema, levando-nos a refletir sobre “resistência”, cujo sentido pode nos levar a uma resistência passiva e inerte, e/ou a uma “resistência” reativa, que nos leva a uma re-ação = agir de novo e diferentemente.
 

A acolhida na Paróquia São Francisco de Assis foi fraterna e amorosa: casa de amigos que nos acolheram para pernoitar; comidinha boa que alimentou a fome e o nosso coração

 


Textos proféticos como os de Amós e Ezequiel iluminaram o convite/convocação à resistência nos tempos sombrios e difíceis pelos quais hoje passamos. Tobias indica quatro características para que nossa resistência seja eficaz nos moldes da resistência do Antigo Testamento: deve ser comunitária, subversiva, missionária e profética.
E finalmente construímos juntos propostas de ações possíveis, que nos mantenham resistentes, face aos inúmeros projetos e ações que nos desanimam, e, por vezes, sucumbem nossos sonhos e propostas de trabalhar por uma sociedade mais justa, fraterna, equânime.

A acolhida na Paróquia São Francisco de Assis foi fraterna e amorosa: casa de amigos que nos acolheram para pernoitar; comidinha boa que alimentou a fome e o nosso coração e carinho suficiente para voltarmos animados para nossas comunidades. Tudo isto nos faz acreditar na possibilidade de que uma outra realidade é possível! E as CEBs têm papel importante na construção deste sonho.
Obrigada!