Shadow

Festa da Epifania do Senhor

Por: Quininha Fernandes Pinto, regional Leste 1

Leituras: Is 60,1-6 – Sl 71 – Ef 3,2-3a.5-6 – Mt 2,1-12

Neste domingo celebramos a festa da Epifania do Senhor = manifestação, revelação. O relato de Mt 2,1-12 faz parte dos Evangelhos da Infância de Jesus, narrados apenas por Mateus e Lucas e contêm uma clara afirmação de que o menino é o salvador universal, tanto de judeus como de gentios. Hoje mais que nunca a humanidade tende para o universalismo; universalismo este nunca atingido e que produzirá um novo tipo de homens e mulheres, cuja cultura não será mais limitada à sua civilização e cujos meios técnicos serão patrimônio de todos. Mas de que meios a humanidade dispõe para atingir este sonho? Será bastante confiar na consciência universal do trabalho e da técnica? Como faremos a unificação do mundo sem reduzir as pessoas à uniformidade e à indiferenciação? Segundo a Sagrada Escritura, o primeiro ser humano a acreditar neste universalismo foi Abraão, o pai das nações. Deus lhe prometeu que, um dia, todas as nações estariam reunidas na sua descendência, e o patriarca acreditou! Foi o primeiro ato de fé feito por um ser humano. No Novo Testamento, mais precisamente na liturgia que hoje celebramos, Jesus convoca os magos do Oriente, iniciando aí a reunião dos povos, a unidade da grande família humana, que será concluída quando a fé em Jesus Cristo fizer cair as barreiras existentes entre nós e nos sentirmos todos, mas todos mesmo, filhos de Deus. Os 03 reis representam todo o mundo conhecido daquela época. O cenário em que eles seguem a estrela para encontrar o Messias, curvam-se para adorá-lo e presenteiam-no com presentes reais significa que diante “desse” Rei todos os outros se curvam!!! Mais ainda, eles prefiguram os cristãos provenientes do mundo pagão. É uma bela teologia ecumênica… Hoje, ao falarmos de “unidade”, em qualquer campo, não só no religioso, nem sempre se é compreendido. Entendemos unidade como uma uniformidade monótona, a anulação de todas as diferenças individuais, um total nivelamento. E ao se falar de universalismo, temos que registrar que é a diversidade, a variedade de características das nações que fazem a diferença e a riqueza da humanidade. A Igreja, ao se identificar como universal, não pode impedir que possam coexistir em seu seio “diversos modos” de viver a fé em Jesus! Formas diferentes de expressar a fé no Pai de Jesus e n’Ele. Por isso, a estrela que guiou os magos a Belém tem um lindo significado teológico: esta luz atraiu os magos e atrai os que buscam a verdadeira Luz! Podemos buscar brilho no poder, no dinheiro, na efemeridade da moda, das rodas sociais, nas luzes, nas câmeras e holofotes, mas é na simplicidade e na pobreza da manjedoura de Belém que encontramos a luz que jamais se apaga, a Luz do Mundo, nosso irmão Jesus. Que no início deste ano possamos refletir sobre tudo isso e pensar quem é o foco da nossa adoração… Quem é merecedor dos meus presentes? A quem dirijo minha reverência e adoração? Vale pensar… Quem sabe ainda temos tempo de encontrar a estrela e segui-la até a manjedoura?

Queridos amigos/as coloquemo-nos a caminho, é o primeiro passo… Esse Menino é o Salvador de todos, sem distinção de classe social, de titularidade acadêmica, de religião ou crenças políticas… simplesmente nos ama, a todos! Por isso precisamos encontrá-lo e adorá-lo!

 Bjs 😘no coração ❤️

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.